quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Ainda me emociono.

Emocionei-me lembrando dos anos, alguns atrás, vividos por personagens dignos de registro, que conseguiram em seus tempos imporem a vontade correta dos destemidos, dos corajosos, dos que não se conformam com decisões tomadas e assumidamente deterioradas como a violência interna dos países que intentam hiperplasiar-se expandindo seus territórios a outros que não pertencem a eles próprios, aumentando o número de território e lugares, e, que causaram impacto histórico mudando por completo o curso de seus países e os sonhos de uma multidão que não concordava com a posição sempre precipitada de seus governos.
Martin Luther King e seus comícios. Um discurso de tremendo impacto para a segregação racial:
- “Eu tenho um sonho...”
John Lennon e seus refrão contra a guerra do Vietnã e depois do Camboja:
- “Dê uma chance à paz...”
Nelson Mandela e seus gritos contra o apartheid:
-“Abaixo o apartheid”...
Chico Buarque aqui no Brasil com suas canções:
-“Apesar de você, amanhã vai ser outro dia...”
O aglomerado hippie de Woodstock com seu “paz e amor”. “Faça amor e não guerra”.
Enfim, emocionei-me com tanto quanto o homem em sua percepção do correto foi capaz de fazer e será. Fiquei imaginando o quanto de acovardado ficamos em nosso dia a dia em fatos bem menores quando nos omitimos e permitimos injustiças e nos recolhemos a nossas tocas onde hibernamos socialmente, sem a noção clara que nossos irmãos sem nosso saber e luz estão a necessitar de alguém que simplesmente fale e grite as suas necessidades. Fiquei pensando o quanto nos distanciamos dos ensinamentos de Jesus, o maior revolucionário jamais aparecido na História:
- Amai vosso próximo como a si mesmo...
Então, assim, talvez conhecêssemos na íntegra a intensidade do grito de Lennon, Luther King, Mandela, o movimento hippie, Jesus, e, saberíamos porque a guerra acabou, porque Gandhi libertou seu povo da opressão inglesa, porque a segregação social nos EUA diminuiu a ponto de hoje possuir um presidente negro, porque a África aboliu o apartheid e porque a não violência se sobrepôs à violência e aos interesses de governos e pessoas que impunham suas regras como as mais perfeitas e conhecedoras das necessidades do ser humano sem terem noção alguma da vivência do que é a leveza do ser, do viver em amor.
- “Dê uma chance à paz...”
- “Amai o próximo como a si mesmo...”
- “Abaixo o apartheid...”
- “Não à violência...”
Emocionei-me e ainda me emociono com o discurso de Luther King, principalmente neste texto:
- “Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.

Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.

Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!

Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta...”
Este sonho foi possível, e, nós não podemos deixar que todos os projetos de não violência, preservação do planeta e de oportunidades na vida sejam dadas às crianças e ao povo do mundo inteiro, e, que as crianças da Nigéria não morram mais de fome e que a tecnologia seja usada para o bem comum e que o capital deixe de ser o principal motivo de vida, e, que principalmente o amor seja o grande propulsor do desenvolvimento, preenchendo as necessidades reais do ser humano.
Maranata, Senhor.

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