quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tempo de Faculdade. Que bom.

Na faculdade de Odontologia, quando passei no vestibular, conheci diversas pessoas interessantes e algumas muito engraçadas. Uma delas, me lembro, era um japonês que certa tarde, pedindo licença ao diretor da faculdade, na diretoria, único lugar que tinha um telefone disponível, pois, ainda não tínhamos a facilidade do celular, ligou para sua casa, pensava ele, e, quando a ligação foi completada ele falou:
- Arô...
A voz do outro lado respondeu-lhe:
- Fala, porra. Sim, diz logo o que quer...
A ligação por engano caíra numa delegacia de polícia e o policial, mal educado, assim respondera e ele com receio de estar molestando a polícia, pensando na migração e no fato de ser emigrante, recuou e respondeu:
- É da porícia? então, té rogo...
Disse e desligou o telefone, rindo como sempre. Disfarçando saiu para misturar-se aos colegas que fora da sala conversam animadamente sobre os mais diversos assuntos.
Outro conhecido, um cearense, foi protagonista de uma situação vexatória, mas, muito engraçada. Era época de provas e a estudantada toda se dedicara àquele tempo. A ansiedade com relação de como seriam as provas e suas perguntas tornavam os dias bastante estressados e competitivos.
O professor entrou na sala, um amplo salão portador de duas portas laterais no seu lado direito e duas grandes janelas em seu lado esquerdo e distribuiu as provas. Ambas as portas comunicavam-se com um amplo corredor.
- Vocês têm uma hora e meia para responder as questões da prova. No final desse tempo as recolherei. Boa prova.
Disse isso e saiu por uma das portas. Mal o homem saíra o cearense que sentara atrás de uma moça com fama de estudiosa, levantara-se e puxara a folha de prova dela, sentada à sua frente para poder copiar as respostas.
 O professor saíra por uma das portas e depois de um tempo entrara pela outra, de maneira, que, ficara numa posição exatamente atrás do aluno colão. Para não prejudicá-lo, ele segurando pelo cós da calça do aluno e puxando-o na direção da cadeira, forçava-o a sentar-se.
O cearense sem olhar para trás e batendo com a mão livre na mão do professor que o segurava disse-lhe:
- Calma, rapaz, que já te passo as questões. Dissera isto pensando ser outro aluno a lhe pedir uma ajuda na prova.
- Senta-te, senão te dou um zero bem grande, disse-lhe o professor.
O cearense olhando para trás e vendo o professor gritou:
- Professor, desculpe-me...
- Tudo bem, só sente e faça sua própria prova.
O cearense sentou e claro não respondeu o resto da prova porque realmente não sabia nada da matéria.
Morri de rir desses episódios, época de estudante. Época boa de viver.   

terça-feira, 27 de abril de 2010

O Cataléptico.

Essa é uma estória que me foi contada por meu sogro e se passou em um município do interior do estado do Amazonas. Um município muito longe e perto da fronteira do Amazonas com o Acre. Contam, não sei se verdadeira, mas, é muito divertida.
A família estava reunida na sala de estar da casa. Na verdade era uma sala grande que servia também de quarto onde dormiam as crianças menores e nos dois outros cômodos dormiam em um o pai e a mãe e no outro as crianças maiores. O motivo da reunião era especial, pois, o pai, um homem alto para a comunidade onde vivia, tivera uma espécie de desmaio e ainda, mesmo depois de quatro horas, não acordara e com as vozes sussurrantes conversavam amenidades esperando o acordar do tal homem.
A mãe caprichara no café que era distribuído em copos de vidro acompanhado de bolacha. Lá fora, no raio até onde a luz alcançava, as crianças corriam e brincavam sem cansar. O desmaiado, espichado no chão perto da velha geladeira, parecia estar completamente relaxado, talvez um olhar mais atento pensasse que o cidadão estivesse morto, sem vida. A mãe em algum momento do dia pensara realmente nessa possibilidade, mas, descartara tal pensamento sabendo da fortaleza do marido. Ele carregava sem cansar duas ou três sacas de arroz e não reclamava de serviço pesado, demonstrando ser muito forte. Nesse mesmo dia ele saíra cedo de casa e remara pelo menos quatro horas indo e vindo na mercearia que ficava uns quilômetros rio acima do local onde viviam.
Ela esperou mais uma ou duas horas e resolveu chamar o vizinho. Para isso mandou o filho mais velho correr até lá. O menino parecia um pé de vento. Correu e logo depois os vizinhos começaram a chegar e de pronto diagnosticaram morte. Alguém entre os presentes observaram que a barba do suposto defunto crescia e também gotas de suor corriam por todo o seu corpo.
- Acho que não morreu. A barba está crescendo...
- Tú não sabe que a barba de defunto crece..., disse alguém.
Dizem que no estado cataléptico a pessoa ouve e vê o que está acontecendo, mas, não consegue se mexer ou se comunicar. O sofrimento então é tremendo. Quando chega a hora do enterro então.
A choradeira começara e logo as crianças se juntaram ao coro dos adultos que não paravam de chorar e lastimar a morte de tão boa criatura. O tempo passava rapidamente. Outros vizinhos de mais longe chegaram e como a demanda de gente aumentara a mãe resolveu passar mais café. Já a madrugada chegara e choque produzido inicialmente pelo notar da morte acalmara. Sussurros e menções à bondade e força de trabalho do morto eram o que rolava nas conversas.
- Ave Maria cheia de graças... Era uma senhora pia que começara a reza. As outras, puxando os maridos pelas mãos se chegaram mais perto do defunto, rodeando-o, fazendo uma roda.
Eram três horas da madrugada e o tempo esfriara. Resolveram levantar o defunto e colocá-lo em cima da mesa. Até para rezar era melhor. Um pai ali perto beliscara o filho esperando que ele se comportasse melhor e parasse de brincar com outro menino.
De repente o defunto que mexera um dos dedos da mão esquerda, mexeu também num movimento brusco a perna direita encolhendo-a. As pessoas entretidas em suas conversas não notaram tais movimentos a não ser o menino danado que implicara com o outro e levara um beliscão.
- Pai, o homem mexeu a perna.
Uma velha lá no fundo da sala balançara a cabeça em sinal de reprovação. O pai nervoso não querendo que o filho servisse de mangofa a ninguém lhe dera outro beliscão. O homem “morto” sem avisar a ninguém, sentou-se à mesa e gritou:
- Boa noite pra todos...
Foi uma correria só. Gente saindo pela porta, janelas, e, um mais afoito, chegando à beira do barranco, do rio, se jogou num ímpeto de sobrevivência, caindo n’água, nadando em direção ao infinito, assombrado pela possibilidade de ser pego pela alma do pobre homem que ficara sozinho no meio da sala sentado na mesa.   

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Avatar - O Bem e o mal.

Assisti, tardiamente, ao filme que tem impressionado as pessoas ultimamente por virtualidade, mas, que traz uma mensagem importantíssima: a velha luta do Bem contra o mal. O que mais me chamou atenção, além dos efeitos das imagens, foi a contradição maior dessa eterna luta onde o mal é derrotado pelo Bem que como sempre vence transgredindo as leis sob as quais vive. Peitado e premido pelas forças maléficas o Avatar conduz o povo escolhido por ele como seu a uma rebelião que acaba por destruir e aniquilar as forças convencionais, o mal.
É um filme que merece atenção, pois, trás uma lição subliminar, a de que o homem seja ele mesmo ou produto de si, um Avatar, sempre ansiará por uma redenção, um Éden, um recomeço, uma nova vida sem veleidades e corrupções onde a paz seja uma constante e a não transgressão e a transgressão não seja mais necessária como necessidade básica, como laivo da desobediência do homem impulsionado por essa necessidade premente de querer conhecer o proibido.
Fiquei admirado de saber que o préstito do Bem é pequeno, mas, valoroso e que concentra toda a sua energia no Ser por isso é vitorioso e capaz de solucionar os mais intrincados enredos. Quando quer, e, apertado pela necessidade profunda da sobrevivência, o homem busca dentro de si a força necessária para vencer quaisquer obstáculos mesmo os mais impossíveis. Há um momento mágico, o da oração, o da entrega dos caminhos para algo que é maior, para o sobrenatural, o que só é possível através da fé e aí o que parecia impossível passa a ser possível e toda a força proveniente dessa enorme transgressão das normas do natural é vencedora e traz paz, alegria, mesmo quando no furor da batalha se perde entes queridos e há destruição, pois, agora a esperança do recomeço e do renovo é o que vale.
Não há medo nem pavor, simplesmente, a férrea vontade de estar em paz com tudo e com todos. Inimigos derrotados, mundos a se refazer, não mais choros e tristezas, somente alegria de viver e com ternura relembrar a vida de antes.
Assim, como o Avatar, num momento somente dele, descobre o porvir e luta por ele, deixa essa mensagem extremamente libertadora e terna, ao mesmo tempo tão violenta na sua conquista, o homem não pode perder-se no meio de sua própria selva e não deixar de realizar sua missão maior: o de ser feliz.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A alegria de viver.

A alegria de viver é intensa em quem tem uma visão de equilíbrio entre os desejos do corpo e os desejos da alma, alma aqui entendida como a vontade intrínseca do desejo de transgredir a ordem natural das coisas. O corpo quer por quer obedecer ao mandamento inicial de Deus:
- Crescei e multiplicai...
Isto significa uma visão totalmente desprovida de leis regentes do que é natural. O homem andava nu no Éden sem se aperceber da sua nudez, até que a mulher provando ou se deixando levar pelo apelo veemente da alma desobedeceu à ordem primordial, feita para ser transgredida, de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois, se assim procedesse certamente seria igual a Deus conhecedor do bem e do mal. A alma transgressora na essência, anseia pelo descumprimento da ordem inicial, sendo assim, mesmo quebradora de leis e normas, pois, executa o que tem que executar.
A evolução humana reside exatamente na quebra das leis e normas, o que gerou uma necessidade de reorganização social com uma proposta de equilíbrio entre as partes: o corpo e a alma, o desejo de continuamente executar a ordem inicial e a transgressão dessa ordem sem a qual o homem não teria chegado aonde chegou. Isto não é antagônico ao cristianismo porque cria uma nova visão onde o homem se diferencia dos outros animais por sua condição de poder transgredir, quebrar leis e normas, no entanto, assegura-lhe a mesma natureza do que há de vida no planeta e no universo, sendo os animais ditos irracionais, puros nas suas existências, em um equilíbrio muito maior que os humanos.
Dessa necessidade de equilíbrio social nasceu Jesus Cristo talvez o maior transgressor desse equilíbrio, rompendo os laços dos descaminhos com sua retórica e novos mandamentos, e, principalmente, se declarando caminho, verdade e vida, como uma única solução da possibilidade do homem poder chegar a este equilíbrio, como a pureza, uma proposta de volta ao Éden. Este anseio de equilíbrio social é tamanho que em transgredindo a natureza corpórea do homem e dos animais, a própria alma anseia por uma eternidade onde a necessidade real de transgressão já não exista, o que seria a verdadeira idéia de céu, um local sem consciência de corrupção e suas variações destruidoras. Esta idéia só se alcança por meio da fé, elo imprescindível para uma nova natureza, um novo equilíbrio social. A fé vista como uma cola entre o corpo, que anseia a multiplicação e crescimento de si próprio e a alma com sua vontade transgressora. Fé como ponto de equilíbrio, capaz de mutar, de transformar através do equilíbrio dessa forças, um em outro corpo não tão ansioso pela multiplicação e crescimento de uma espécie amadurecida para uma fase de vida quase ou sem nenhum desgaste, sem materialidade, somente possível através da fé.
Erros e acertos se desenham na história do homem. Ora, desses erros há resultados transformadores da mente e corpo, descortinando uma nova vida. Não há amor ou amizade em nossa profunda necessidade de sobrevivermos, se assim não for, a necessidade não era profunda. O amor passa a ser assim uma invenção do corpo para alma transgredir melhor.
- “E vos deixo um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei...”, palavra de Jesus nos encaminhando para um começo de uma nova vida em comunhão com Deus.
Eis que a fé introduz um conceito novo nesse emaranhado de vontades. Um que supera todas as necessidades: amar como um ato de maior valia nas necessidades, as mais cruentas, as mais bestiais, como a fome, as vítimas de terremotos, de guerras, da desumanidade do ser humano sem essa fé que reequilibra o homem, transformando-o na mais pura forma de viver que é viver sem necessidade de sobrevivência, isto é amor, viver em alegria no céu.
Maranata, Senhor.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Involução.

Lembro-me das férias que passávamos em uma fazenda no interior. A vida no interior do Amazonas não é fácil, ou não era fácil. Não sei como a vida se desenrola agora, mas, naquela época era muito difícil se comparada com a vida que se levava na cidade. Cidadinos penavam na adaptação imposta pela dureza que a vida requeria pela forma como as necessidades eram preenchidas. Lembro-me de como uma simples e sempre bem vinda torneira de água potável fazia falta, constatação essa, na prática, laivada por dores musculares, às vezes intensas, produtos da necessidade de o abastecimento ter que ser feito pela carregação das latas cheias de água apanhada no flutuante na beira do rio e feitas exatamente por nós mesmos. Flutuante é, porque ainda se usa muito, é uma espécie de casa construída sobre gigantescas toras de madeira, amarrado às margens do rio em árvores, e, que servem como um porto na chegada e saída dos barcos. Todas as cidades do interior do Amazonas usam desse recurso para o primeiro contato com os que chegam e também como despedida dos que saem.
Tínhamos, a criançada, essa obrigação, em escala, a de abastecer as panelonas de água que depois de fervida era acondicionadas em enormes potes de barro. Acho que o barro do pote servia para esfriar a água, pois, ela quando servida era sempre mais gélida que qualquer outra no mundo. A água era coada e fervida para então poder ser servida. Era um trabalho árduo e cansativo, mas, gratificante quando a sede apertava e tínhamos ali um refúgio a mitigar a vontade de beber ou de hidratar o corpo. A mesma sensação acontecia com a energia elétrica. A fonte de luz, ou energia, como chamávamos, eram candeeiros, lamparinas, aladins, o que dificultava a leitura ou a simples visão noturna.
Quando retornávamos à cidade eu ficava admirado com as facilidades que a tecnologia nos proporcionava. Bastava um clique para termos luz à vontade nas lâmpadas clareando a vida e os ambientes e um aperto ou desaperto nas torneiras para termos ou não água em abundância sem precisarmos nos banhar com latas menores que tiravam a água de um camburão. Camburão é um enorme vaso, um tonel que era aproveitado para armazenagem de água depois de usado o seu conteúdo, como gasolina, querosene etc... O conceito original de camburão é de um enorme vaso usado para transportar fezes dos presos ou o veículo condutor dos presos.
O mecanismo de banhar-se com o auxílio de uma lata menor retirando água do camburão era lembrado inevitavelmente quando abria-se a torneira do chuveiro e a água caia abundante na cidade grande. A tecnologia tem amolecido o homem. Tudo está ao seu alcance inclusive no interior e também no interior do Amazonas. As ruas asfaltadas e limpas não lembram em nada as poeirentas e lamacentas ruas de minha puerícia, quando passava as férias no interior. Com todas as facilidades que se tem hoje fico pensando se houve e se continua a haver uma evolução para homem. A facilidade da tecnologia tem ajudado a pressa do homem em executar seu dia a dia mais rápido, sua corrida para atingir um patamar de conforto efetivo, com seus carros, moradia bastante confortável e cara, suas roupa que melhoram sua aparência e a venda de imagem, suas compras que às vezes não completam nunca a sua demanda. Balzac diz em uma de suas frases:
- Por trás de uma grande fortuna há sempre um crime...
Para que? Essa é a necessidade pálida que há entre os homens. O homem moderno que trocou sua disposição de luta pela sobrevivência e reprodução para se entediar com a disputa de sempre ser melhor que os outros homens, não como reprodutores, mas, como melhores vendedores, médicos, dentistas, engenheiros, advogados, políticos, administradores e toda sina de ocupação social. É o ter no lugar do ser. Tudo ao redor do homem e de suas invenções são corruptíveis, inclusive sua própria vida e do planeta aonde ele habita, não há melhoria, ao contrário, só trabalho, correr atrás do vento, improdutivo.
Maranata, Senhor.

terça-feira, 13 de abril de 2010

É melhor não saber.

Sentado, aqui na cafeteria, saboreando um bom café, só, imaginando o que escrever hoje em meu blog, vejo e ouço um grupo de senhoras japonesas conversando sobre algo que não sei o que é, pois, elas conversam em suas línguas. Riem bem alto, o que me desperta a curiosidade de saber exatamente o que falam, parece ser algo muito bom, pois, riem a valer. Uma delas leva as mãos ao rosto e o cobre com as mãos em concha e a risadagem continua e fico a imaginar, agora, mais vividamente o que seria o teor da conversa. Acho que a mais velha, uma senhora com o rosto bem enrugado, contara algo que levou as outras três ao paroxismo do riso. Não havia, aparentemente, veleidade alguma na ação das três. Pensei, só pode ser uma piada imoral, daquelas que numa rodada são comuns e acabam por potencializar o senso comum de alegria, onde a individualidade cede lugar ao grupo. Depois, imaginei que não podia ser uma piada imoral posto que a respeitabilidade imposta pela idade da senhora era evidente e demonstrada no rostinho angelical da idade e no sorriso de dentes postiços. Algo sério é que não seria senão não ririam tanto. Fiquei então com piadas como aquela do português que pulara de pára-quedas e o tal dissera a ele:
- Estou contigo e não abro.
Pararam de rir e estão, certamente, falando de algum assunto de suma importância. Todas sérias e compenetradas. A velhinha como sempre é quem falava. Explicava com certeza algo de grande importância, pois, atraia a atenção das outras três. Os rostos mostravam claramente a importância do assunto. Imaginei então que ela ensinava às outras técnicas de fazer amor e o benefício desta na vida diária das mulheres. Irritei-me, comigo mesmo, só conseguia pensar “naquilo”, é claro que a mulher estava discorrendo sobre algo transcendental, algo que ao contrário do que eu imaginava resolveria as questões básicas da vida, daria veredas de discernimento e sabedoria na vida, falava do amor, da família e sua sustentabilidade neste mundo cruel, esse que vivemos coisas assim desse tipo, sem o laivo da maldade, certamente estaria com suas histórias engrossando o préstito da mais pura religiosidade, e, eu teimando em maldar transgredindo a natureza porquanto a senhora não devia ou não efetivamente pensava mais “naquilo”.
A porta principal abriu-se e entraram dois senhores de terno conversando animadamente, em português, acerca da chuva intensa no país e a catástrofe em alguns estados. Sentaram em uma mesa mais isolada no fundo do salão.
As japonesas se levantaram e endereçaram-se para a saída. Saíram solenemente. Lá fora os carros passam velozes na artéria principal do bairro onde está localizado o café. A vida continua sem parar numa enorme velocidade com uma música tipo rock tocando insistentemente nas caixas de som do café. Quem pode saber o que acontece ou acontecerá, ou que se passa na mente das pessoas ou o pensamento bom ou mal que está ao seu redor? Quem pode saber exatamente o que se passa ao seu lado? É melhor não saber. Pode decepcionar. 

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Meu Rottweiller. Solidão.

Estava saindo de um trauma por conta de um enorme fila que atacava a tudo e a todos nos momentos mais inesperados possíveis. Este fila era um puro sangue, mas, de um temperamento exagerado. Sua enorme cabeça sobressaia de um corpo grosso e sólido, apoiados em umas patas firmes e grandes. Sua postura era de ataque puro, constante, na hora que fosse. Não suportava a ninguém e a nada. Dilacerara os músculos e carnes da coxa de uma moçoila que trabalhava em casa e também os de um pintor de paredes que por lá trabalhara. Chegara a ponto onde não respeitava a ninguém. Algo acontecera em sua personalidade que não o deixava mais a vontade com a gente da casa. Estava decepcionado e triste com a raça. O Brutus como o nome sugeria era por demais e exageradamente violento. Resolvi mudar de fila para rottweiller. Li e pesquisei a raça. Aprendi, lendo e depois na prática que o rottweiller é um cão de guarda, pesado, com uma mordida fantástica, amigo das crianças e muito inteligente. Na pesquisa achei um canil que me pareceu muito bom o Thunderstorm. D. Clarice Paes, sua dona, proprietária consciente e extremamente profissional no trato com os animais, me indicou um filhote que além de bonito, apto para exposição, também transparecia uma boa índole, o que significava que guardaria minha casa e cuidaria das crianças.
Ele chegou numa sexta-feira à tardinha, logo após meu expediente do consultório. Fui ao aeroporto buscá-lo. Tinha noventa dias de vida e viajara em uma casinha de madeira e me pareceu assim que a depositei no chão ouvir um grunhido como de um urso pequeno. Quando abri a porta e ele saiu meu coração acelerou e senti, naquele momento, que a vinda daquele cão em minha, e, a de minha família, vida mudaria para sempre.
A cabeça de um rottweiller é grande, incrustada em um pescoço forte o bastante para assegurar um volume que impressiona a quem o olha de frente, pois, parece que ele segue para baixo unindo-se quase na largura do peito largo o que confere uma espécie de emanação de poder potencializado por um olhar extremamente penetrante, tudo apoiado por potentes patas que mais parecem patas de urso tal o tamanho. Olhando aquele magnífico espécime da raça canina senti a segurança que a raça costuma passar e me tranqüilizei, certamente estaríamos seguros com ele por ali, vigiando e brincando com nossas crianças.
Um dia ao chegarmos em nossa casa vindos do sítio, como sempre, logo gritei o seu nome, procurando-o. Não houvera resposta e então o vi lá no fundo do quintal imóvel como morto. Aproximei-me e constatei o pulsar cadenciado da respiração e vi sangue escorrendo de sua boca. Observando mais reparei que seu pescoço sofrera estrangulamento, pois, estava muito edemaciado e com sinal de ter sido usado uma corda para tal prática. Respirava, mas, não havia sinal algum de que estivesse consciente. Talvez algumas pessoas tivessem tentados invadir a nossa casa e foram repelidos por ele, Xandir, e, não tinham alcançado seus objetivos, não tinham conseguido entrar em casa.
Comprei alguns antibióticos e antiinflamatórios e comecei um tratamento que terminou quase um mês depois, mas, salvou a vida de meu amigo, porque, no décimo quinto dia, quando levantei a pele do seu quadril para injetar o medicamento houve uma contração muscular na região o que me deu certeza de que ele escaparia daquele tremendo sofrimento. Ficou mais amigo ainda. Quando me sentava no enorme pátio, em uma cadeira de balanço, ele gostava de se posicionar de maneira que sua pata dianteira descansasse sobre minha coxa e então para chamar atenção deslocava a cabeça de um lado para outro como se quisesse ou pudesse entabular uma boa conversa e assim ficávamos horas ali naquele aconchego vespertino, enquanto o sol se punha e a noite chegava.
Fiquei grato a ele por tão precioso sacrifício de ter lutado com quem quer que tenha tentado entrar em casa e ter quase morrido por esta questão, sua missão maior. Lembro da última vez que o vi. Foi uma despedida emocionante. Ele, nobremente, como se entendesse o que se passava, estendeu sua pata como se me desse uma mão que eu tratei de segurar com a minha e balançou a cabeça como que querendo me dar uma chance de voltar atrás na decisão que tivera que tomar, pois, agora íamos morar em um apartamento e ele não poderia ir. Meu olhar seguiu-o até a pickup dobrar a esquina da rua, lá em cima, tentei correr atrás e gritar que eu tentaria levá-lo para o apartamento mas minha voz não saiu e meus pés não correram atrás do carro. Fiquei ali amargando a dor da separação, sozinho com a mão estendida. 

sexta-feira, 9 de abril de 2010

À noite os gatos são pardos...

Quase morri de rir, entre um gole e outro de café, ouvindo a descrição de uma cena ocorrida no interior de um barco, desses barcos locais, amazônicos, tipo um batelão, com o motor monotonamente trabalhando com sua batida característica. A história passou-se no interior do estado. Anoitecera e as redes já estavam dispostas uma ao lado da outra num aglomerado exagerado porque o número dos passageiros excedia em muito o número de passageiros no uso do barco. É assim que se viaja pelo interior do rio mar. As acomodações são feitas em redes nos passadiços e alocadas uma ao lado da outra, formando fileiras imensas e quase sem condições de tráfico tal a aglomeração. Lá, por volta da 22:00 horas, o toque de recolher. O rapaz ficara em um canto da lateral do barco sentado e recostado à mureta do passadiço e com a lua e o vento da noite a sanefa recolhida prepara-se para dormir ali mesmo, quando uma vozinha feminina, quase inaudível, chamou-lhe a atenção:
- Moço, quer deitar aqui comigo?
Era a voz de uma loura que chamara a sua atenção por seu porte diferente das outras moças e aquele convite era uma tentação. Levantou-se e imediatamente se jogou na rede, procurando uma posição de conforto, tanto quanto a situação lhe permitia. A jovem jogou-lhe uma espécie de lençol que lhe cobriu o corpo todo e para a sua surpresa notou que a moça estava completamente nua, sem roupa alguma. Sentiu o calor de seu corpo o que foi suficiente para excitá-lo. Nesse intervalo de tempo de mexidas e remexidas de preparação sexual o rapaz da rede ao lado, sem notar que a rede vizinha fora invadida e sentindo o roçar pelo balançar da rede vizinha na sua colocou sua mão como não quer nada para dentro da rede da moça e procurava tocá-la.
- O rapaz daí do lado está com a mão dentro de meu lençol querendo me fazer carinho, sussurrou a moça ao rapaz ao seu lado, quase inaudivelmente.
- Quando ele começar a lhe fazer carinho pegue a mão dele e faça-o tocar-me exatamente no meu mastro.
Foi o que ela fez. Excitado pela permissão e antevendo as delícias futuras o rapaz do lado simplesmente ousou aumentar as carícias e de repente sentiu e notou que estava realmente acariciando algo que não era exatamente o que estava querendo e instintivamente puxou a mão num gesto desesperado por ter sido enganado e grunhiu baixinho: - vixe.
Ri que me acabei deste fato. Cuidado com o escuro onde desde sempre ouço:
- À noite todos os gatos são pardos...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Fim?

Os últimos acontecimentos em alguns estados brasileiros nos desvendam a irresponsabilidade dos governantes, ao longo da história, em não priorizarem as infra-estruturas para a contensão das águas pluviométricas, resultando enchentes descabidas e deslizamentos de encostas com efeitos mortais para os moradores dessas encostas e até mesmo de condomínios fechados em algumas partes dessas cidades atingidas pelo terror da morte familiar.
Lastimo como a morosidade e até o descaso com que é tratado o assunto de prevenção, em todas as áreas, por parte dos governos federais, estaduais e municipais, resulta em catástrofes, algumas mortais como essa das chuvas no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas, e quase todas as cidades do Brasil. É lastimável a capacidade de se empurrar problemas tão sérios como a saúde, esgoto, educação, desenvolvimento social, redistribuição de renda, para frente e deixá-los sem solução, esperando, não sei por quem ou por que.
A mídia sobrevive bem com as manchetes desastrosas dos deslizamentos e mortes. Assisti a um homem que possui um barco inflável, em casa, e, que no transbordamento do rio, agora, usa-o para retirar pessoas ilhadas em suas casas, no condomínio onde mora, completamente inundado, pondo em risco a vida dos moradores, revelando a incapacidade de administrar das prefeituras e da própria defesa civil, de mãos atadas a satélites americanos que não podem dar a eles tais e tais previsões. Há uma repetição quase anual, e, agora com mais veemência, nesses últimos anos, atualizados com tsunamis, chuvas e ventos violentíssimos, mudanças climáticas drásticas, terremotos e todo tipo de reposta da natureza ao aviltamento do homem a ela e na cabeça e ação dos governantes a veleidade de resolução dos problemas jogando o que é curial da prevenção para frente o que seria resolutivo para determinada situação e assim nunca resolvendo o que é para ser resolvido.
Nem a propagação das profecias, como as bíblicas, a respeito do final dos tempos conscientiza o homem de sua importância na “evolução“ humana, e, por conseguinte, do planeta e do mundo, pois, há uma verdadeira queima da natureza em todos os sentidos e apesar dos avisos uma continuidade com a respectiva resposta revoltosa da gaia.    
Não acredito mais em uma recuperação do planeta por parte do homem apesar de alguns humanos, exaltados, continuem a agir e gritar o quanto de mal estamos fazendo a nós mesmos. Só nos resta esperarmos e seguirmos nosso destino produto de nós próprios.
Maranata, Senhor. 

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Jesus Cristo.

Jesus Cristo foi o maior e o mais interessante ser humano que já nasceu, cresceu e morreu aqui nessas paragens. Sua curta estadia entre nós e seus legados mágicos nos convence, em todas as épocas, e, em todos os tempos históricos, da Sua realeza, laivo de sua deidade e da realidade espiritual do homem, atingido violentamente no Éden, quando, fruto de armadilha histórica, tomou uma decisão que mudaria por completo a sua vida e geneticamente de toda raça humana na terra e quiçá da vida também em outros planetas, pois, de qualquer forma, há evidências de que a Sua intervenção é universal, a restauração dos mundos e das vidas, a volta ao Éden, retorno e equilíbrio, em todos os sentidos, da condição surrupiada, em todas as suas estruturas, do mundo como o conhecemos.
O que aconteceu exatamente no começo de tudo, não se evidencia com fatos históricos, pois, até quem se julga capaz de assim fazê-lo, e, sempre há alguém que se julga capaz de ler a história, sempre há de começar essa leitura em base teológica que se traduz ou evidencia através da fé, e, esbarra na falta de realidades, dados reais que sustentem suas interpretações ou nas parcialidades de tais fatos como fatos históricos carecendo de fé. Assim, temos como problema a sustentabilidade da fé ou não. Inúmeros são os fatos realizados por meio da fé. Sem ela, dizia S. Paulo, é impossível agradar a Deus, pois, quem se aproxima de Deus se aproxima somente através da fé. Continuando sua divagação sobre a fé continua: - Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem.
A fé se sobrepõe a fatos e a própria realidade, pois, no seu desejo transformador ela rompe com todas as estruturas e é capaz de realizar o impensável, pois, na essência ela é transgressora da realidade. Constitui-se assim o mais efetivo aparelho através do qual o homem pode interagir com Deus, o cosmo, e, por conseguinte, consigo mesmo, ficando em paz com tudo e todos.
Jesus se constitui, assim, o supra-sacerdote, transporte universal ao Éden, onde nada nem ninguém podem prescindir de Sua presença no processo evolutivo, pois, diferentemente de toda teoria teológica tradicional, Ele retira o homem do centro da criação e o põe em seu devido lugar, o de ser criatura.
Sim, Ele ressuscitou e mostra-nos o caminho a seguir. Caminho pedregoso posto que transgressor e rebelde, e, só assim capaz de mudar o rumo da História, a nossa História.
Maranata, Senhor.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sexta Feira Santa.

Hoje é sexta feira santa. Dia da crucificação e morte de Jesus Cristo há pelo menos 2016 anos atrás. A história acabara de ser dividida em antes e depois d’Ele. Ser notável e diferente de toda as criaturas conseguiu, com seus ensinamentos e vida, transformar pensamentos e atitudes em todo mundo de sua época e também em todo tempo por vir. É no sermão da montanha que encontramos o cerne de seus ensinamentos:
- * Jesus, pois, vendo as multidões, subiu ao monte; e, tendo se assentado, aproximaram-se os seus discípulos,
e ele se pôs a ensiná-los, dizendo:
* Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
* Bem aventurados os que choram, porque eles serão consolados.
* Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.
* Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos.
 * Bem aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
* Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus.
* Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.
* Bem aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos     céus.
 * Bem aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.
* Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós.
 * Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.
 * Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;
nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa.
* Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
* Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir.
* Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido.
* Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
* Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.
* Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo.
* Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e quem disser a seu irmão: Raca, será réu diante do sinédrio; e quem lhe disser: Tolo, será réu do fogo do inferno.
*Portanto, se estiveres apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
* deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai conciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta.
* Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão.
* Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.
* Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.
* Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
* Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.
* E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que vá todo o teu corpo para o inferno.
* Também foi dito: Quem repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
* Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.
* Outrossim, ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos.
* Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
* nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei;
* nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um só cabelo branco ou preto.
* Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno.
* Ouvistes que foi dito: Olho por olho, e dente por dente.
* Eu, porém, vos digo que não resistais ao homem mau; mas a qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;
* e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;
* e, se qualquer te obrigar a caminhar mil passos, vai com ele dois mil.
* Dá a quem te pedir, e não voltes as costas ao que quiser que lhe emprestes.
* Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo.
* Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem;
* para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos.
* Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo?
* E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis demais? não fazem os gentios também o mesmo?
* Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.

 Após tanto tempo ainda ressoa e ecoa através dos tempos a voz mansa e suave de Jesus chegando até nós das montanhas da Palestina. Incentivando-nos a termos uma vida melhor, uma vida em busca da perfeição, do amor e através d’Ele a união infinita com Deus, nosso Senhor, isto é, a volta ao Éden perdido.
Maranata, Senhor.