sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tarde de Café e conversa.

Uma tarde no Café do Ponto.
Passei uma tarde agradabilíssima, tomando café e conversando com meu amigo de infância Humberto Michiles. O local não podia ser mais que agradável: o Café do Ponto do Shopping Manauara. Tenho um lugar específico para sentar e me achar confortável neste café, quando estou ali. É mantido duas poltronas vermelhas ao fundo do local. Colocadas de canto as poltronas servem de um abrigo e aconchego para os que ali estão para degustar um bom café e ter um lhano e bom bate papo, nímio em gentilezas nos serviços.
É bom termos amigos assim. Cheguei mais cedo e logo fui servido com um bom expresso. Degustei-o bem devagar, saboreando todas as nuances do corpo do café. Antes, tinha tomado um cálice de água mineral com gás, próprio para a limpeza das papilas linguais e de gole em gole, pensando a vida, quedei-me a viajar no tempo e espaço, mas, sem tirar de vista, a chegada de meu amigo.
Manaus não se imaginaria assim, tão vistosa com seus shoppings, seu comércio e indústria funcionando a todo vapor, seus templos, sua mistura arquitetônica, sua nímia simpatia para com os interioranos que chegam volumosamente para esse enorme útero cidadino, fazendo-o crescer e inchar, tornando a vida mais rápida, mais célere, mais estressante, menos romântica, mais difícil para todos, na louca corrida pela sobrevivência, assim também é no movimento dos shoppings. É um vaivém sem fim, muitas gentes a ir e vir. Dali daquela poltrona, enquanto, o Humberto não chega, fiquei a observar as pessoas, as mais diversas personagens, passando, no meu campo de visão, com mais ou menos pressa, com mais ou menos preocupação, com mais ou menos estress. Agora mesmo passara um conhecido. Rosto fechado, preocupado, talvez, em resolver algo não reconhecível, numa cadência rápida, sem trégua. Lá atrás uma senhora parara para conversar com outra, mostrara alegria, aparentemente. A outra sorrira e abraçara a senhor. Um rapaz entrara no café com laptop embaixo do braço e sentara numa mesa. As gaçonetes solícitas atendiam prontamente os pedidos. Pensei em tirar de minha bolsa o meu ipad para dar uma olhadela nos meus e-mails, mas, desisti, pensando que a qualquer momento o Humberto chegaria e teria que desligá-lo.
- Oi, Alex, a voz era-me familiar.
Voltei o rosto e reconheci o conhecido que acabara de passar.
- Oi, respondi, de pronto.
Conversamos um pouco, tempo suficiente para a chegada do Humberto.
O Humberto chegara rapidamente. Na verdade ele já estivera ali antes, só voltara de onde estava ao saber de minha presença no café, daí o pouco tempo da chegada. O café expresso, sempre quente, origina os mais diversos assuntos. Ficamos ali conversando e resolvendo, ou, pelo menos tentando entender, os mais intricados assuntos humanos, logicamente, sem solução, mas, aos nossos olhos totalmente resolvidos, nos dando a impressão de sermos super-heróis, prontos a resolver a vida e o sofrimento humano.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Sono......

Uma viagem sempre vai ser um descanso psicológico, mas, nunca um físico. Estava, antes de ontem, em Boa Vista, cuidando e vivendo o momento com meus netos de lá, e, logicamente, isto demanda uma boa dose de energia. Cheguei em um vôo, de madrugada, onde pude ter a oportunidade de não dormir, literalmente, a noite inteira. Cheguei em Manaus as 06:00 horas e fui direto para casa, onde esperava-me os outros dois netos, que aqui residem. Foi uma festa indescritível. Fizeram uma bagunça comigo. Passado algum tempo manifestei a vontade de tomar uma boa ducha quente e me deitar, para descansar um pouco. Assim foi feito, mas, quando em vez os meninos viam até o quarto, acho que para certificarem-se que eu ainda estava lá, e, um deles ensaiou uma conversa:
- Vô, tá acordado?
- Não, João...
E, satisfeito com a resposta saiu a correr do quarto. Não muito tempo depois ouvi o bater das mãozinhas do Guilherme, em seu ritmo, adentrando ao quarto. Clap, clap, era o som cadenciado de sua aproximação. Por ser muito pequerrucho, sua cabeça abaixo do nível da cama, o danado segurando a ponta do lençol da cama, urdia em levantar-se querendo me ver. Abri os olhos neste momento e vi aquele pedacinho de gente ali me olhando.
- O jeito que dá é levantar-me, pensei e logo executando o comando. Carreguei-o no colo e assim não dormi mais, o resto do dia.
Cheguei cedo em casa pensando: - finalmente vou descansar.
Ao abrir a porta da sala deparei-me com o sorriso mais encantador. O Guilherme, no seu anda já, levantou seu corpo e começou a vir em minha direção. Peguei-o no colo e brinquei um pouco com ele, mas, ele queria mesmo era que eu contasse a estória dos três porquinhos e força do sopro do lobo mau, que de tão forte derrubava as diversas construções dos porquinhos. Que curtição. Quando eu imitava o sopro do lobo quase caia desmaiado, tal o meu cansaço.
Quando o ciclo de brincadeiras terminou, dirigi-me ao quarto e desmaei e apaguei para o mundo, não me lembro de mais nada. Que bom que é dormir. Boa noite...
- Lelé, Lelé, boa noite Alé...
A voz vinha là de dentro de mim. O cenário não mudara. Toda criançada deitada pronta para dormir e meu irmão mais velho:
- Lelé, Lelé, boa noite Alé, meu apelido.
Quando não:
- Xulé, xulé, boa noite Alé.
Eatávamos de férias no Careiro.
Minha mente foi apagando e o cenário sumindo gradualmente.
- Ãe, ãe, ãe, boa noite, mamãe...
- ...
- ...

sábado, 23 de outubro de 2010

Lua cheia, felicidade.

Nunca mais tinha tido a oportunidade de comer um churrasco tão gostoso quanto esse que comi na casa de meu filho, aqui em Boa Vista. Saímos para comprar a picanha e logo na visualização vi que seria algo diferente.
A picanha fora escolhida a dedo. O rapaz fora lá na câmara frigorífica e trouxera o que de melhor encontrara por lá. A ponta da picanha. O corte fora feito perfeito. A gordura avultava às carnes.
O carvão, escolhido, depositado na churrasqueira, queimava lentamente. Pouquíssima fumaça. Quando a gordura começou a queimar a derreter na presença do calor, o cheiro característico, da carne sendo assada, espalhou-se através do ar, mexendo com a mente dos vizinhos.
O Quelm, nosso rottwailler, começou a latir com constância, sinal que o cheiro da carne chegara às suas narinas e excitava-o a fome, o que também aontecia conosco. Olhei para o céu. A lua apresentava-se bem redonda, cheia, dominando o céu com seus raios luminosos. Nosso quintal, prateado, por seus raios, demonstrava que nossos instintos mais primitivos exacerbariam numa natureza tão pródiga. Lembrei-me, imediatamente, de Jorge Luis Borges, em seu Borges Oral, quando descreve o céu palestino e indaga acerca de quanto Jesus sentiria saudades do imenso céu palestino, estrelado e com a lua sempre a mostra, e o vinho disponível, ali, junto com seus discípulos, a filosofar e compor a maior filosofia, arte de viver e o socialismo mais puro imaginado na terra.
Me senti iluminado, pensando nisto. Imaginei estar com meu Mestre, aqui. A lua, o vinho, os pensamentos, a condição humana mais à mostra do que nunca, como agora, e, a condição inexpressiva de nunca se poder resolver as questões essenciais da redenção humana, por um momento me sedaram e quis sumir, desaparecer. O dedilhar do Alexandre no violão me reportou à realidade.
- " Estou guardando o que há de bom em mim
Para lhe dar quando você chegar
Toda ternura e todo o meu amor,
Estou guardando para lhe dar."
A felicidade de sentir a presença física dos netos amados e do filho, o luar, o vinho, o sonho de um mundo melhor, a esperança de que nào somente o céu, mas, tudo que gostamos possam nos acompanhar no céu vindouro, me reanimaram e me deram sono. Um mundo longíncuo, anfitriado por Deus, um mundo do sono, um sono fantástico, um sonho lá longe, reparador, potencializado por um feixe de luz prateado, luar de agora, luar do meu sertão, puro, lhano com nossa vida e de quem mais quiser. Felicidade total.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O galo-galinha.

Estávamos acostumados a orar, agradecer a Deus na hora da mesa, em quaisquer das incurções alimentares da família. Meu Pai à cabeceira da mesa ordenava quem houvera escolhido para o agradecimento. Pedíamos aos céus que a escolha nunca sobrecaisse em minha avó paterna, pois, sempre as orações eram um pouco mais longas que as outras, e, a fome fazia nossos estomagos gemerem uma espécie de ronco durante a oração o que ocasionava uma ligeira risadagem nas crianças. Claro, que se o risonho estivesse ao alcance de minha mãe ou de alguém mais velho, logo a resposta seria, de pronto, pelo menos um beliscão, para que o menino aprendesse o devido respeito às coisas sagradas, e, assim aprendemos, com o passar do tempo e muitos beliscões depois, que com o sagrado e as leis, dogmas e normas legalistas da igreja ninguém brinca, é assunto sério que requer todo um ritual de purificação íntimo e individual.
Um dia, a família receberia para almoçar um parente em visita à nossa cidade e o ilustre cidadão deveria ser obsequiado com o melhor que tivéssemos em nosso estoque. Deveria ser a galinha de todo domingo de diversas feituras, mas, ao ser constatado a ausência do galinácio, no referido estoque, e, certificado a presença de um enorme galo no quintal a resolução veio rápido:
- Não se deve servir galo a um visitante, mas, levando-se em conta a celeridade da questão, vamos ter que servi-lo.
- Apoiado, exclamou outro do conselho familiar.
Assim, o galo foi para a panela e para evitar qualquer saliência de menino, chamaram-nos a todos e anunciaram que no lugar da galinha seria servido o galo, mas, que tal fato não deveria ser comentado em hipótese algum. Acordados, adultos e crianças, esperaram a hora do início do almoço.
Eis que o convidado chegara e logo após pendurar seu paletó no porta casaco, sentado confortavelmente no sofá, entabulara conversa com meu pai e mãe, avó, tias e outros que por lá estavam. Como estão todos? E a fulana e sicrano, e, o filhos. É verdade issso, aquilo também? O trabalho é promissor? Enfim, todas as perguntas pertinentes à uma atualização de dados familiar. Depois, de muita conversação e oitivas, anuncia-se o almoço. O olhar dos mais velhos a vigiar qualquer má intenção de qualquer dos pequerruchos.
- Vamos ao almoço. Não sei se é de seu agrado...
- Isto é um banquete, merecido dos deuses do olimpo, disse ele empolgando as mulheres cozinheiras.
- Obrigada, uma delas respondera.
Todos sentados, em seu devidos lugares, numa mesa para vinte e seis lugares, cabendo doze de um lado e doze do outro, mais duas cabeceiras ocupadas pelos mais velhos da casa.
- Vamos agradecer o alimento. Mamãe, a senhora pode orar em agradecimento? perguntou meu pai à sua mãe, para angustia da criançada.
- Claro , meu Filho, e, logo começou agradecendo a presença do convidado, sua vida, de sua família, da sua parentela e citando o nome de todos os que ela ia se lembrando, e, enquanto isso a criançada a ver navios, ansiosos para comer.
Enfim, depois de um tempo, terminada a oração, um dos pequenos grita de lá:
- Vó, por favor, passa esse galo-galinha?
Haja beliscão.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O tempo não pàra.

O tempo não pàra.


O tempo necessita andar com a palavra fé, lado a lado. Quase chegamos a entende-lo, porque, sua descoberta e explicação beira a perfeição, quase o entendemos por inteiro. Não se pode negar sua nociva,e, ao mesmo tempo boa convivência. Ele tem sido comparado a um rio cujas águas nunca se repetem, porquanto, sempre estão em movimento, correndo no mesmo sentido dando condições de porder se dizer que uma pessoa não se banha duas vezes nas mesmas àguas.
Podemos dizer que ele é nocivo porque em sua passagem deteriora a tudo e a todos, desgastando e deixando sua nímia marca, o envelhecimento, em todos os sentidos, em todas as coisas do universo. Por outro lado, em nível de consciência, tem a capacidade de aliviar as dores das saudades, dos sonhos perdidos, das esperanças irrealizáveis, alívio ocorrido por um desgaste do impacto dos momentos vividos e experências ruins, e, infelizmente também dos bons momentos. Vejo imagem corroída pelo tempo de momentos de minha infância, os cheiros do campo, das casas onde morei, dos carros, das pessoas, e, sei que de alguma forma me beneficio com a imagem vista como num espelho, como diz São Paulo, não me sinto mais impactado quanto no momento do fato, como no da morte de minha mãe, de ,minha avó, pessoas tão queridas, por exemplo. O tempo passa e não temos uma nítida percepção de sua passagem.
Lembro de momentos angustiantes em minha vida que na hora pareciam monstros devoradores, e, que mais tarde já resolvidos não passaram de brinquedos de criança. Sei que inexorável o tempo não pàra, com fé ou sem fé a correnteza da vida continua sua corrida para o grand finale. Pessoas há que não validam a amizade com Deus, em seus bons e maus momentos, e, não sabem como a fé na direção Divina nas vidas humanas sublima e diminue o impacto dos fatos acontecidos.
Como disse no início da crônica o tempo necessita da fé ao seu lado, sempre, em todos os momentos, aliviando e nos fazendo sublimar os efeitos nocivos da nossa capacidade de armazenagem de todos os fatos em nossas vidas. Todos os problemas têm solução. De uma forma ou de outra, todos os problemas são solucionáveis, portanto, tenhamos paciência que nalgum momento da História todos momentos ruins e mesmo os bons serão transformados em benesse para todo o conjunto da criação.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Óculos.

A falta que faz um óculos é inimaginável. Empolgado com o uso ipad, minha nova mania, aonde ia, ia o ipad também, e, logicamente, obrigatoriamente meus óculos tínham que acompanhar-nos. Fomos dali, para acolà, voltamos para cà e surpreendemente me vi sem o tal auxiliar ótico. Que enorme falta. Por mais que me esforçasse a nitidez, as cores, as formas passaram a ser insuportavelmente sombras e contornos disformes.
Procurei tal instrumento em todas as partes, tanto na casa de meu filho, onde estou hospedado, quanto em outras partes por onde tinha ido e não os achei. Embaixo da cama da cama,no quarto, no banheiro, dentro do carro, enfim, todos os lugares foram minuciosamente vasculhados. Não os encontrei.
Passei o resto do dia sem poder manusear meu novo equipamento. Ao amanhecer fui ao camelódromo local e comprei uma armação barata e mandei em uma ótica alocar um belo par de lentes no meu grau para leitura.
Nesta altura dos acontecimentos já tinha deixados os netos no colégio e munido dos óculos vim até meu café preferido, aquele que vou diariamente quando estou em Boa Vista, a Megafarma, e, apreciando um bom expresso pude por fim "navegar" internet afora, no mundo inteiro, me sentindo fâmulo da leitura e do escrever, das letras, e, agora pós-fotografia, pois, para conseguir ter um ipad vendi minha Nikon, há dedicação total e incondicional ao meu ipad, até quando?

sábado, 16 de outubro de 2010

A inveja mata.

A inveja quando não mata, não engorda.

Conversei, forçadamente, com meu neto mais velho, a respeito da inveja que certas pessoas têm das outras, seja no sentido da falta da não simplicidade de simplesmente ter as coisas e da falta de simplicidade de não ter as coisas.
Explico melhor. Ele me falou de um amigo comum que comentara sobre a viagem dele, meu neto, aos EUA de forma esquisita. Dissera que já tinha realizado tal viagem e que não gostara, pois, achava melhor viajar para o Canadá, lá sim, tudo era muito melhor, e, que, portanto, toda a viagem do Alexandre não tinha sentido. Isto pareceria normal se falado por um garoto da sua idade, mas, falado por alguém mais velho não fazia sentido a não ser considerando-se uma certa inveja do conjunto da família de meu neto. Uma esposa exemplar, uns filhos maravilhosamente lindos, um marido trabalhador e compreensivo, um verdadeiro céu, no entendimento do invejoso, tudo coincidindo para a contribuição de um lar perfeito, sonho de todos humanos.
- Meu neto, dissera eu, você, por favor, não repare na maldade intencional dos outros, pois, o que você me conta nada mais é do que a maldade da inveja estampada na conduta desse cidadão, e, sempre em todos os locais, onde você estiver sempre vai existir pessoas assim, por isso, viva sua vida sem a preocupação de ter todos os seus atos ou atitudes ou sonhos realizados percebidos ou não por esse ou por aquele, ou por quaisquer pessoas que vivam ouo não ao seu redor.
A inveja mata, dizera alguém para ele, e, eu digo para você, meu neto, viva sua vida sem ter a necessidade de perceber se esse ou aquele amigo ou não, está vigiando e querendo viver sua vida nesse ou naquele momento de sua felicidade. Simplesmente viva sua vida e se afaste desses maldosos que não sabem viver.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia dos Professores em Boa Vista

Dia dos Professores em Boa Vista.

Hoje é o dia dedicado ao professor. Enzo acordou indócil pensando, em sua excitação, na festinha da escola para sua professora:
- Vô, temos que comprar coca-cola, suco de laranja, prá eu levar para a escola, é o dia do professor...
-Está bem, disse eu. Saímos a comprar tais necessidades.
Saímos às pressas e quando chegamos na escola descobrimos, eu e ele, que não tínhamos trazido as garrafas de suco e de coca-cola.
- Vô, e as garrafas, não posso chegar na sala sem elas... Todo mundo vai trazer algo...
Assim, voltei em casa para apanhar as tais garrafas. Fui correndo e voltei mais rápido ainda. Entrei pelo portão principal da escola, esbaforido e quase sem fôlego carregando a garrafas.
- Seu João, vou levar essas garrafas para o Enzo, disse eu invadindo o pátio que dá acesso, do lado esquerdo da escola, a sala de aula do Enzo.
O seu João é aquele que foi motivo de uma de minhas crônicas há algum tempo atrás, da bosta da pata, referência a uma influenza muito forte que o acometera e que deixara seu corpo com tanta dor e moleza que resultara na metáfora da tal bosta.
Entrei sufucado pela falta de ar, depois de subir os degraus da escada que conduzem a sala de aula.
- Parabéns professora, disse eu à professora entregando-lhe as garrafas.
- Obrigada, disse ela.
Virando o olhar rapidamente vi o encanto com que o Enzo me olhava e naquele momento senti que tudo o que um homem quer e deseja para sua vida estava resumido naquele olhar de gratidão pelo esforço que eu fizera para que ele ficasse confortável com sua professora e seus coleguinhas de turma.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Boa Vista, novamente.

Estou novamente com meus queridos netos aqui em Boa Vista, esta terra quente e amiga que aprendi a amar ao longo do tempo, de tantas idas e vindas. Por falar em tempo a terra está muito quente, mas, corre uma brisa, um vento que refresca a todos e as casas também. Os meninos estão eufóricos com a chegada dos EUA, foram a Miami e Orlando, e, com a perspectiva do início das aulas. O Enzo diz que vai contar a viagem para todos seus coleguinhas da escola e também para os professores. Está feliz com a possibilidade. O Alexandre, mais velho, fica mais reservado. Só quer conversar ,com os mais velhos a contar-lhes detalhes das meninas e das relações que encontrou na viagem, inclusive as idas aos parques temáticoss e a vontade de dessistir quando olhou de perto altura da montanha russa, mas, claro que não deixou de ir em tal monstruosa invenção. As piruetas dos carros grudados nos trilhos, provocando os mais impetuosos e altos gritos, foram motivos de domínio de seu medos, estes totalmente resolvidos, depois de sentir segurança em tais tipos de brinquedos. Os hotéis, essas moradias ainda bem que provisórias e que nos acostumam tão mal, com seus serviços e gentes ali sempre prontos a nos servir. As delícias do café da manhã, os almoços diferentes, as arquiteturas dos restaurantes e prédios,ctudo tão bonito que deixam a quem vive esse momento de estar lá de boca aberta e com a sensação de querer sempre mais, deixando um laivo inequívoco e jamais esquecido de ter conhecido algo tão bom. Acho que essa foi a sensação que eles sentiram e que queriam compartilhar com seus pares.
Estou feliz de ter tido a oportunidade de poder acompanhá-los, virtualmente, nessa viagem maravilhosa. Virtualmente porque não fui junto com eles na viagem, mas, acompanhei-os com a nítida visão das suas narrativas.
Agradeço a Deus a oportunidade que é dada a eles, a de conhecer ouitros lugares e se relacionarem com oiutras pessoas. Sei que é um momento inesquecível. Que meus bisnetos, assim como o netos, tenham tal oportunidade e que possam estar sempre dispostos a ajudar e conviverem harmoniosamente com outros seres humanos.