sábado, 15 de outubro de 2011

A utopia revelada-Jesus, nosso Senhor.

Há que se pensar numa nova aproximação na abordagem cristã, essa que vivenciamos todos os dias em nossas relações , seja em casa, seja na igreja, seja no trabalho, seja em quaisquer lugares, pois, a venda de imagem tem, em muito, e, às vezes, muito mesmo, superado as expectativas de quem nunca pensou Jesus, ou Deus como solução para a multiplicidade dos problemas, a maioria social, de nossa sociedade, considerando-a como global, pois, o problema de fome e miséria universalizado, envergonha a Igreja, o âmago, a coluna vertebral do mundo. A falta de sensibilidade dos governantes, dos políticos, dos que detém poder, nada interfere no bem estar da sociedade. O venha a nós é o senso comum, a corrupção, a luta desordenada para o enriquecimento, tanto de países quanto de pessoas, a má distribuição de renda, o ensinar a somente receber e não trabalhar ou estruturar algo que dê sustentação familiar; a má educação, onde as notas de teste de conhecimento dos alunos, nas escolas, principalmente públicas, são burladas por professores, porque sofrem todo tipo de agressão, por parte dos alunos na ânsia de alcançarem nota, e, assim perpetuam o maior dos enganos na sociedade, porque se pensa em que tudo está bem, e, a educação está atingindo suas metas, quando na verdade não está e na verdade está longe de atingi-las, dando uma visão virtual dos projetos educacionais; a má qualidade da área de saúde, onde os médicos e suas equipes fingem que trabalham para o Estado e o Estado finge que paga-os, transtornando por completo o sistema, falido e sem perspectiva de melhoria, e, piorando cada vez mais á medida que anos eleitorais se aproximam, prejudicando radicalmente os projetos, estudados e re-estudados, em longas reuniões, onde a teoria esmaga qualquer idéia prática; a impunidade dos criminosos, a certeza de que nada acontece a quem ao praticar um crime na maioria das vezes não é condenado, diminuindo o conceito geral do poder judiciário; tudo contribuindo para a eternidade da ignorância e a falta de perspectiva, o que dá no cidadão um conformismo doentio de que tudo está bem e que um dia tudo há de melhorar.
O sonho continua na esperança de um porvir melhor, onde a Igreja sirva ao homem, sem o cabresto do capitalismo, do neoliberalismo, da globalização irracional, onde quem manda é o grande capital dos banqueiros, as grandes indústrias, num manobrar de fâmulos homens, eternamente, de geração em geração, e, principalmente sem ficar à mercê do Estado. É na idéia de uma sociedade eclesiástica, como a da Igreja primitiva, onde a pureza do Amor se manifeste em toda tenda, e as almas juntas cantem e adorem em espírito e verdade, ajudando uns aos outros, entendendo que todos somos iguais e que assim Deus ama a todos uniformemente. Talvez, essa seja a utopia revelada, Jesus nosso protótipo de Homem, criatura ideal, para viver todos os dias na casa do Senhor, em paz e harmonia, na servidão do Amor.
Maranata, Senhor.

domingo, 9 de outubro de 2011

Oração diária.

Ó minha alma desorganizada e pecadora,
bendize ao Senhor, pois, Ele tudo criou,
e da misericórdia e benevolência do Seu Ser, te perdoa,
todo o tempo, nessa irresistível, tendenciosa vida pecadora.
Estupefato fico, aparvalhado ante tal generosidade,
fâmulo desse mal genético, o pecado, causador de vezos e sestros massacrantes, nímio para carregá-lo.
De um lado a consciência d'alma, de outro as tentações, tão fortes, destruidoras.
Lhano, lembro de Ti, a me consolar a cada morte:
- Hoje estarás comigo no paraíso...
Alma lembra-te constantemente do Senhor, Salvador.
Perdoa-me os pecados, ó Senhor, e, lembra-te dos meus descendentes e não esqueça-os e abençoa-lhes até o infinito das gerações vindouras que certamente não conhecerei.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O cabular a aula.

A aula transcorrera normalmente. D. Rosinha teimava em desasnar a turma toda. No meio da aula, por volta das nove e meia, os alunos não suportavam mais a espera da hora do lanche. Finalmente a hora chegara e agora a ansiedade virara para o término das aulas. As horas passavam lentamente. Meu olhar vagando, percorria toda sala, à procura não sei de que. Uma borboleta tentava desesperadamente sair por uma janela, mas, batia e rebatia no vidro fazendo um barulho, com suas asas, quase inaudível, porém, irritante. D. Rosinha, de costas para os alunos escrevia alguma coisa na lousa, talvez, o dever para casa. Amelinha, pequena terrivelmente danada, sentada à esquerda de minha cadeira, e, quase de frente, mostrava sua calcinha branca e fazia-me pensar coisas que já ouvira fala, mas, ainda não as praticara. Os seus dentes eram branquíssimos, evidência de tempos pueris.
A tarde chegara e a hora da aula particular se aproximava. A professora, d. Nely, nossa vizinha do lado esquerdo, já pronta conversava algo, através dos muros de nossas casas, e, terminando dissera:
- Está na hora... Até logo mais, Nadehyde.
- Tchau, Nely.
- Alé, era minha mãe, olha a hora da aula. A Nely já vai.
- Já vai, mamãe, respondera eu, pensando o quanto seria maravilhoso se pudesse não ir à aula.
Em Manaus o clima estava beirando os quarenta graus. O calor era insuportável. Irritado, saí à rua. De longe vi d. Nely saindo pelo portão de sua casa, e, instintivamente recuei, me escondendo no umbral do portão de nossa casa até sentir segurança de que não seria visto por ninguem. Corri até a esquina, onde existia o bar do "seu" Sandorval, onde comprávamos refrigerantes e outras mercadorias. Estúrdio, me sentindo o suprassumo da inteligência, corri para o grupo de garotos que embaixo de uma mangueira, em sua sombra, jogavam "bolinhas de gude". Retirei as minhas de minha bolsa e esperei aquela partida terminar para então começar a jogar. Jogavam ronda-mate. O jogo era simples. Consistia em depositar-se o número de bolinhas previamente apostadas em um círculo e atirar suas ponteiras, bolinhas de tamanho maior que as depositadas, o mais perto possível de uma linha desenhada a uns tres ou quatro metros do círculo, depósito das bolinhas. A ponteira parada o mais perto da linha era a primeira a ser usada, a segunda mais perto a segunda e assim por diante.
As horas foram passando e à tardinha, por volta das seis horas, dezoito na verdade, senti que extrapolara o tempo, pois, aquela altura d. Nely já voltara e minha mãe devia estar desconfiada de que alguma coisa acontecera comigo. Recolhi as minha petecas e corri para casa.
Não sabia que d. Nely, ao chegar em sua casa, antes de mais nada, lá do fundo do quintal, gritara por minha mãe:
- Nadehydeeee..., e, repetia o grito.
E, assim, o meu cabular da aula, daquela tarde, fora descorberto, e, eu, inocente, entrando pelo corredor.
- Alé, como foi a aula hoje?
Bronca, surra e a jura de nunca mais cabular aula alguma.

domingo, 2 de outubro de 2011

Obrigado, Deus.

Agradeço a Deus
Todos os dias,
todos os momentos,
alegres ou tristes,
na abundância ou no faltar,
nas vicissitudes ou no normal,
por filhos e netos tão lindos,
por a neta que vem,
por amigos,
por pacientes, tão pacientes,
por ter mesa farta,
o poder de ajudar,
a saúde,
as dores,
ao Amor, que vem de Deus.
Então, obrigado meu Deus e Senhor.