quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tudo é Vaidade.

Saber, sem dilentantismo, conhecer profundamente um determinado assunto, apreciar, sem moderação, o belo, ouvir entendendo, ver vendo, apalpando e sentindo o que se toca, degustando verdadeiramente o sabor das coisas comestíveis, amando e sendo amado, vivendo intensamente vida do jeito que ela se apresenta, enfim, tudo o que se faz com afinco é vaidade diz o pensador. Tudo é vaidade, porque, tudo passa e é canseira, nada há de definitivo, tudo vem e logo já não é, como na mesmice das águas do rio que infinitamente não param de correr no talvegue e se repetem infindo. Tudo é vaidade.
Chego de duas viagens: uma à São Paulo e a outra à Boa Vista, onde fui reviver momentos alegres com meus netinhos, que agora já estão enormes, e, já não são netinhos, um adolescente e grande para sua idade, outro menor, mas, cheio de vida, quer jogar bola e se esforça para isso. O maior:
- Vô, vamos tocar violão?
E, eu de pronto:
- Vamos. E pegando o violão, depois de afiná-lo, toquei uma música dos Beatles: Yesterday e, daí fomos tocando e cantando muitas e muitas outras. Que momento lindo, mas, vaidoso, pois, o tempo não congelou aquele momento, a não ser nos nossos corações, por isso, mesmo com um baita de um sono, relembro cada segundo com muita ternura.
O menor:
- Vô, vamOs jogar bola? E, eu com um sorriso, daqueles de disfarce que ocorre quando nos julgamos incapazes ou menos capazes de realizar determinada tarefa:
- Vou para seu treino, na escolinha de futebol, e lá vejo você jogando, está bem?
Fui e vi, alegre, dezenas de crianças, ali, correndo atrás da bola, quase sempre em bloco, na tentativa ora de defender seu campo, ora atacando e querendo fazer mais gols.
Que enorme prazer poder estar ali com três dos meus quatro netos, pois, comigo foi o João Gabriel, filho de Gabriela, o mais velho dela, e, que tinha a maior vontade de voar, e, voou para a terra onde seus primos moram. Foram dias prazeirosos, mas, dias que deixam saudades imensas, profundas e mexem com o interior do coração.
Tudo é vaidade, porque, para aonde vamos, depois da morte, não há essas sensações, percepções tão boas e que nos fazem bem, mas, como diz o pensador: tudo é vaidade, então, vivamos nossos dias sabiamente a cada segundo, acumulando conhecimento, saber que nos deixa mais fortes, mais sonhadores, mais sensíveis à vida, agradecendo a Deus cada dia no qual possamos estar juntos uns dos outros.
" Esse é o dia que Deus fez para nós, alegremos-nos e regozijemo-nos n'Ele..."