sábado, 31 de dezembro de 2011

Um mundo melhor.

Mais um ano. 2011 à poucas horas de seu término. A sensação de estar sendo manipulado pelas grandes ofertas, ainda sentindo o ritmo alucinado das compras do natal, dos shopping centers sempre solícitos em "bem-servir" seus usuários, a individualidade dos amigos e familiares, correndo atrás de seus próprios interesses, os pastores da igreja e suas membrasias, a falta de compreensão do que é Amor dos chamados cristãos, sempre procurando e clamando a Deus mais bençãos individuais e achando que Ele só tem interesse neles mesmos, são clamores que Jesus classificou como "não sabem pedir, pois, pedem para si mesmos...", tudo isso, me deixa mais pensativo, mais introspectivo, mais isolado. Penso, sempre, que Deus está em relação com tudo e com todos, mas, o homem acha, sempre, um meio de isolá-lo cada vez mais do nosso contexto de vida, e, cada vez mais afundamos em nossas mazelas e misérias. Um dia, um amigo me disse: "Estou tão feliz por minha vida, porque, tenho a certeza que Deus gosta muito de mim, pois, a riqueza de minha família fala por si só. Tenho pena dos outros que não tiveram ou não têm essa oportunidade na vida." Parece um tanto absurdo o pensamento desse amigo, mas, é isto que fazemos todo instante. Clamamos por uma vida melhor que a dos outros e no natal, ou na passagem do ano novo, damos a estes outros um pouco de comida um tanto de dinheiro e achamos que nossa missão nesta vida se resume a isto.
O tempo passou e um dia encontrei o "protegido" de Deus totalmente sem dinheiro e sem perspectiva de melhoria na vida, pois, todas as portas haviam-se-lhe sido fechadas, assim, passara para o bloco dos desprotegidos de Deus.
Os ricos, conforme alguém falou, têm por trás de suas riquezas crimes, sejam pequenos ou grandes, mas sempre um crime qualquer. Aos pobres, seja porque for, faltará sempre as oportunidades comuns aos ricos, e, isto é válido tanto individualmente quanto coletivamente, como no caso dos paízes, quanto mais ricos mais massacrantes, mais "bondosos" no natal e na virada de ano.
"É mais fácil um rico passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar nos reino de Deus..." dizia Jesus.
"Se queres entrar no reino de Deus, vai vende tudo o que tu tens, distribui entre os pobres, e, depois, vem e segue-me. E o jovem rico afastou-se, triste, porque era dono de várias propriedades..."
Saibamos pedir a Deus, sem pretensão individual, sem pretensão de sermos melhores que os outros. Essa é a oração perfeita, aquela que Jesus nos ensinou:
"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém! (Mateus 6:9-13)."
Deus abençoe ricamente aos leitores dessa crônica, esse gemido contra a grande opressão pela qual passa nosso mundo, tenebroso, mas, que guarda a esperança de um dia ser melhor.
Maranata, Senhor.


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ano Novo, quem sabe?

O ano está findando. O tempo, inexorável, não poupa nada nem ninguém. As festas natalinas cedem o lugar para as de final de ano, onde continua-se desejando, saúde, paz, dinheiro e estabilidade para todos os conhecidos, amigos e familiares. Dia primeiro, de cada ano que inicia, a comemoração do dia universal da paz. Paz entre os humanos.
- Feliz ano novo, dizem os homens, entre si, e, apertando as mãos, sinal de que há um desejo bondoso, uma vontade de evolução positiva, em todos os níveis, do ser humano.
Os momentos do natal findo, materializados nos presentes, nos desejos, nos sonhos, projetos, influindo decisões, ainda que por pouco tempo, tentarão sedimentar esses pensamentos bondosos no homem, mas, logo, logo, há um retorno ao normal esquecimento das promessas bondosas. A correria da vida, investimentos, trabalhos, projetos novos e antigos se misturando, países, assim como os homens em sua individualidades, voltam à busca desenfreada de poder, de soberania hegemônica sobre os outros e a destrição, auto, continua, e, como o homem que diz que para ano vai ajudar as crianças com câncer e nunca ajuda, assim os paízes também agem, e, as guerras, mortes, fome, continuam sem controle ajudando a neo-formação e sedimentação de problemas como a destruição da camada de ozônio, mudança climática, aquecimento desorganizado do solo, derretimento do gelo das calotas polares, etc..., suicídio lento e doloroso, tão lento que possibilita aos homens mentirem para si próprios dizendo que não estão sentindo nenhum dos sinais que a ciência evidencia e continuam a praticar todo tipo de auto-destruição. A natureza reclama, esperneia e avisa como pode. São terremotos, tsunamis, furacões e toda sorte de reação, natural de quem está nos estertores da morte.
São Pedro profetizou acerca disso, do final dos tempos, acerca do final dos tempos, "vi os céus se enrolando como um pergaminho...", metáfora para nosso anseio científico de que a matéria está sendo "sugada" por buracos negros, voltando ao nada de onde saíra?
Ano novo, que cada um crie projetos de preservação, de distribuição de um Amor mais permanente, de real interesse pelas necessidades uns dos outros. Quem sabe, por livre iniciativa, arbítrio, como no Éden, onde destruimos tudo, mudando a vontade de Deus, agora também, aprendendo com a História, possamos reverter esse quadro tão trágico, em um outro melhor para todos, inclusive para nossos descendentes.
Maranata, Senhor.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O primeiro Natal.

O primeiro natal. Algo de grandioso aconteceu a mais de dois mil anos atrás. Finalmente chegara o dia do grande acontecimento previsto pelos antigos profetas, como Isaías:
" O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra de morte resplandeceu a luz.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9:2, 6 ARC)".
O nascimento daquele que teria sobre seus ombros a responsabilidade de quebrar todos os grilhões, em diferentes áreas, do pecado no mundo. Pecado entendido como quebra da relação do homem-criatura com Deus-criador. A restauração universal. Todos os maus sestros, os maus vezos, a vilania, as transgressões, a mentira, a falta de humanidade, a corrupção, o corruptível, as sombras do perveso, os dardos do mal, os impérios, os poderes, todas as abominações, todo mal vencido por uma mostragem do plano redentor de Deus, nosso Pai, executada por Jesus em toda sua vida.
O primeiro natal. Os anjos a anunciar a todos as boas novas:
" Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo, pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens! E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos fez saber. (Lucas 2:8-15 ARC)".
Ali estava a reconciliação do homem com Deus, relação quebrada no Éden, milhões de anos atrás. O primeiro natal, com os cânticos dos anjos a ressoarem pelos céus trazendo alegria aos corações que entendem a necessidade de restauração da raça humana, e, isso se põderia veer nos mínimos detalhes do dia a dia. Os cristãos precisam demonstrar a esperança dessa reconciliação no modo humanizado de atendimento aos que dele necessitem, de mostrar-se preocupado com o mal uso, por parte de todos, das riquezas, das terras, com a fome no mundo, com a miséria dos povos menos desenvolvidos, com as grandes catástrofes, terremotos, tsunamis, o empobrecimento espiritual dos milhões de pessoas na solidão, dos que não têm com compartilhar nada, dos que sofrem frio e morrem por isso, dos que não sabem pedir, dos desamparados, enfim, do homem.
Precisamos demonstrar um pequeno gesto de amor a alguém. Agostinho, em suas confissões, diz que Deus que é o maior, o grande, e, ele o menor, sem condições de ao menos olhar para cima, só o Amor o faz sentir-se capaz de esperar numa outra relação, essa redentora. São Francisco de Assis entendendo esse enorme poder, da redenção, reza:
- Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz
onde houver guerra que eu leve a paz...
Senhor, faze com que eu ame mais do que seja amado
Comprenda mais que do que seja compreendido...
Pois, é morrendo que se vive para a vida eterna...
E, em São Paulo, o Amor também é manifesto:
- " porque tenho para mim que o morrer é ganho... Com referência de poder encontrar-se com esse mesmo Jesus que um dia o derrubara de seu cavalo, esperando que essa nova relação é que a verdadeira, como a de Jesus se apresentando ao mundo:
- " E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia:
Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus.
Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos.
Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem. Folgai nesse dia, exultai, porque é grande o vosso galardão no céu, pois assim faziam os seus pais aos profetas.
Mas ai de vós, ricos! Porque já tendes a vossa consolação.
Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome!
Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis!
Ai de vós quando todos os homens falarem bem de vós, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas!
Mas a vós, que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem, bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses. E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também.
E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E, se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto. Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.
Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo. (Lucas 6:20-38 ARC)".
Façamos nossa parte. Jesus fez a sua. Ainda dá tempo de restaurarmos alguma coisa em nossas vidas.
Feliz Natal, que este seja que nem o primeiro, redentor, e, criador de esperanças.
Maranata, Senhor.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Conexões e Conectividades

     Estou escrevendo em meu editor de texto e estou conectado à internet, porém, sem poder usufruí-la, pois, apesar de conectado a rede não fornece conectividade, a ação do estar conectado, e, portanto, sem nenhuma finalidade, a não ser a de gastar bateria do aparelho. É bom quando há conexão e concectividade, e, é melhor ainda quando há uma conecvidade alta, pois, a navegação se torna mais apropriada, mais célere e prazeirosa.

     - A internet está bombando..., dizem.

     Gosto de estar conectado e ao mesmo tempo escrever ou ler algo de interesse e de importância para mim ou para os outros, os que lêem minhas crônicas. Não pode haver uma deficiência nessa relação, pois, senão, surge uma angústia, uma ansiedade, uma vontade de ser e estar, mas, sem sentir-se completo, uma sensação de impotência, de urgência na resolução de quaisquer que sejam os anseios da precisão da internet, um sentimento de não relação com o universo, um enorme vazio com sensação de não preenchimento, uma enorme solidão. A solução está na volta da conectividade. Algo que o conecte novamente com o mundo, com o universo e com sua consciência, e, então, a paz interior retorna.

     Há uns que apesar de estarem conectados e com a conectividade alta, não se sentem bem, pois, suas ações são más. Usam suas conexões, suas ligações com os outros para fazerem o mal. O prazer deles é simplesmente transtornarem a vida alheia. Assim, já ganharam, como diz Jesus, os seus prêmios, já têem o que mereceram, e, suas vidas continuam a fazer o mal até o dia no qual a grande massa o julguem.

     Jesus veio a este mundo com uma finalidade, a de reconectar-nos à grande rede, onde Deus, como o administrador, distribui de igual modo todas as condições necessárias para o conforto daqueles que navegam na tranqüilidade de sua conectividade, fazendo o bem àqueles que precisam de ajuda, perdoando àqueles que precisam ser perdoados, amando àqueles que precisam ser amados, chorando com os que choram, com os que estão presos e sem esperança, aos que não conhecem o poder desta conectividade e andam vagando pelo mundo como zumbis, sem terem a onde ir, nem podem ter descanso. 

     Ainda dá tempo, ainda há esperança, ainda podemos amar e sermos amados, ainda podemos nos sentirmos seguros nessa maravilhosa conectividade, urge essa necessidade de sermos veículo de comunicação em paz com todos, com o mundo, com o universo, consigo mesmo, e, principalmente com Deus, ainda pode-se ter conectividade, relação pura entre o Criador e criatura.

     Buscai ao Senhor enquanto se pode achá-Lo, invocai-O enquanto está perto...

     Maranata, Senhor.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Leitura

Recebi de alguns leitores congratulações acerca dos últimos assuntos recentemente publicados. Fico feliz de saber-me lido e compreendido em assuntos, às vezes tão complexos. A vida impõe a viventes, adversidades duras de serem absorvidas e é salutar expo-las para a compreensão e defesa futura de outras pessoas, gerações, nossas, de grande sofrimento. Fico feliz de poder de alguma forma estar contribuindo, pelo menos para que outros pensem nesses assuntos, o que resultaria, sem nenhuma veleidade hipócrita, numa enorme compensação, essa de forçar o leitor a interpretar o texto livremente, sem os apeios do fanatismo, e, portanto chegar à conclusões individualizadas, para o bem do global. Esse é o anseio do escritor.
Imagino a satisfação dos escritores que conseguiram, na História, deixarem registros de seus pensamentos, e, onde os outros pudessem, sem muito esforço, com prazer, chegar a termo a leitura de seus textos, pois, o livro ou o texto a ser lido, não pode ser maçante, sem vida, de difícil entendimento, isto é, um dos requisitos do bom texto é exatamente o prazer de lê-lo, esta interface de quem escreve com o que lê.
As bibliotecas estão cheias de bons livros, pois, estes tratam de combinar os pensamentos escritos com o pensamento de quem lê. Nesse caso os autores se confudem com os leitores, pois, a imaginação de quem lê não é menos importante da de quem escreve. Assim, podemos, eu escritor e os leitores, transgredirmos, sermos outros, vivermos experiências inusitadas, ensinarmos, aprendermos, sonharmos, voarmos, chorarmos e sorrirmos, salvarmos, perdermos, ganharmos, e, sempre mostrando nossa verdadeira face, encaminhando-nos para o que mais nos agrada.
Espero poder continuar a contribuir, nesse mundo mágico da criação, amalgamada, como já disse, à do leitor, relatando crises, amores, sonhos, pensamentos, enfim, tudo, escrito, que possa ajudar nessa caminhada tão ríspida que é viver.
Maranata, Senhor.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Beto, parabéns prá você...

É algo maçante escrever sobre assunto já escrito, mas, há um, não nego, que gosto, não só pela facilidade que me imposta para escrever como pelo tema que em qualquer situação me empolga e remonta a uma época que, acredito, em todas pessoas, é bom assunto, a adolescência. Refiro-me à data de aniversário de uma personalidade que nem que não queira faz parte minha vida e de muitas outras, desde a infância até os dias de hoje, o aniversário de Humberto Michiles. Nascido em São Paulo, mas, criado em Maués, interior de nosso estado, tornou-se de coração e de vivência interiorano, amazônida dos bons. Preocupado com sua gente, principalmente de Maués, estudou, observou a vida dura dos ribeirinhos, mesmo dos cidadinos, e, sensível resolveu ajudá-los através da política, atividade que herdou na luta do dia a dia do avô e depois do pai: Darcy Michiles, homem de índole e coração tão bons que sedimentou esta atividade política tanto na sociedade quanto no coração e alma do jovem filho.
Não é demais contar, relembrando fatos dessa época de ouro no Colégio Ida Nelson, tempo bom onde praticamente não existia a cobrança do trabalho, este entendido como sustento para casa, e, só os estudo era o principal. Conversávamos, empolgados, eu, Humberto, o Banana e o Gambá, gastando assuntos do dia a dia, em plena aula de desenho, quando o professor, um sujeito briguento, abordou-nos:
- Os quatro aí, para cá. Vou fazer uma pergunta valendo nota. De zero a dez.
Olhamo-nos e fomos até a frente, perto da mesa do professor.
- O que é linha? Perguntou rapidamente.
O banana, o mais sábio de nós todos respondeu, na bucha:
- Professor, linha é deslocamento de um ponto, e, olhou orgulhoso para nós que pelas expressões não saberíamos o que responder.
- E você?
- Eu? Dissera eu esperançoso que a pergunta fosse destinada ao Beto que estava o lado.
Ele assentiu com a cabeça e eu simplesmente respondi o mais lógico que a situação oferecia:
- Concordo com ele..., disse apontando para o Banana.
- E o senhor, seu Humberto?
- Concordo com ele também.
A mesma resposta do Gambá e o zero estava dado. Ninguém acertara a resposta da pergunta.
- Professor, e, o que é linha? Perguntara, quase sem voz, o Banana chateadíssimo de ter sua resposta recusada como certa.
- Linha é uma sucessão de pontos. Zero para todos.
Não tinha o que reclamar, o jeito era estudar para tirar dez, dividi-la por dois para passar "raspando".
Beto, ou, Humberto Michiles, parabéns para você nesta data querida.
Deus lá do céu sonda teu coração e sabe que teus sonhos são puros, como os sonhos daquela época maravilhosa que tive o prazer de compartilhar contigo e haverá de realizá-los.
Parabéns e que nosso Senhor, todos os dias de tua vida, cubra-te de bençãos, que sei distribuirás com os teus, trazendo felicidade a todos quantos te rodeiam, isto é, o povo que tanto amas.

A tristeza de Deus.

Então é natal, como diz a música. As cores firmes e fortes da época estão em todos os lugares dando uma visão colorida à vida. As lojas, grandes ou pequenas, se esmeram em oferecer artigos de toda espécie e que satisfaçam as necessidades dos consumidores. Por todo canto uma euforia se espraia na população elevando o moral e uma virtual felicidade. Papai-noéis que dançam, mecanicamente, ao ritmo das músicas de época, dão boas-vindas aos consumidores, nas entradas das lojas. Tudo é alegria, agradecimentos a Deus por vitórias individualizadas, Deus gosta muito de mim, pensava uma senhora remexendo as caixas de brinquedos em promoção naquela loja, em busca de algo para presentear os netos.
O mundo está em festa, nasceu o redentor, estamos salvos, pensam todos em suas individualidades. Lá longe uma bomba explode matando civis, soldados, crianças, mães, filhos, avós. Matam crianças, esperança do mundo do futuro, ao mesmo tempo patrocinam projetos de arrecadação de fundos para a garantia de um mundo melhor. Lá longe a miséria, paízes inteiros morrendo à mingua, de fome, campeia e as crianças morrem ante a telinha das televisões do mundo inteiro, e pessoas piedosas resolvem que para o próximo ano elas contribuir nesses projetos contra a fome. Lá longe uma comissão decide que trilhões de dólares servem para salvar alguns bancos da falência que prejudica o mundo todo.
Lá em cima Deus observa a tudo, as guerras, as corrupções, a fome, o mal intencionado, as mortes desnecessárias provenientes do egoismo, tanto de individuos quanto de nações, a de generação da terra, os tsunamis, os terremotos, a destruição da camada de ozônio, os pais matando filhos, filhos matando pais, a prostituição em larga escala, etc..., com uma grande tristeza, não pode interferir na vontade humana, como no passado reflete o quanto o homem se desviou de seus propósitos.
Há tristeza em Deus, penso eu cá embaixo, tristeza por não poder ou querer interferir nas ações sempre maléficas do homem. Um dia talvez haja consolo para tão grande tristeza, posto que seu hospedeiro, Ele mesmo, é grandioso, magnânimo, benevolente, bondoso, e, em Jesus pai da eternidade.
Maranata, Senhor.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Socorrita, feliz aniversário.

Hoje é um dia especial, pois, é data de nascimento da Socorrita, minha esposa há trinta e seis anos. Éramos estudantes, recém-passados no vestibular, ela cursando medicina e eu odontologia, misturados às dezenas de outros tantos, quando um dia de aula comum, nossos olhares se encontraram e nunca mais desencontraram.
Imagino a discussão no céu, com nosso Senhor a comandar a descida de um anjo à terra. Alguns ciumentos querendo furar a fila, mas, em nenhum se encontrara as virtudes que se encaixassem nas pretensões de nosso Senhor:
- Branquinha, como um escandinavo, com o carácter bem firme a ponto de chamar a atenção de outros, de boa índole, de boa saúde, de bom coração, temente a Deus, tudo que a fará ser boa filha, boa mãe, boa esposa, boa profissional.
Depois de muita discussão os outros anjos concordaram que o Mestre falara de Socorrita e com a unanimidade Socorro foi enviada à terra para que efetivasse a vontade de nosso Senhor.
Conheci-a ali na faculdade, encostada à uma parede, perto da sala onde teríamos aulas, e, com um simples sorriso quebrou-me a alma, abriu-se-me o coração e amei-a para sempre. Este é o amor que me interessa, esse sem o domínio do corpo, das formas, algo que não seja tão volátil que logo se apague, posto que é chama, como quer o poeta, que seja eterno, compreendendo o eterno como algo transcendental, durável o tempo que Deus julgar necessário.
Socorrita, Deus satisfaça os desejos do teu coração, nesse momento que se chama de agora, te dê paz, e, que possas, com satisfação, contar os teus dias com sabedoria.
Feliz Aniversário.
Te amo

domingo, 11 de dezembro de 2011

Vaidade das vaidades, tudo é vaidade!

O momento mais importante da vida do homem é a proximidade consciente com o envelhecimento, por volta dos sessenta anos. Os cabelos, a barriga, os braços, a voz, os sulcos do rosto, o claro envelhecimento da pele com suas manchas e pigmentos que antes não apareciam e que agora abundam nas mãos e outros locais. O certo é que a passagem do tempo deixa suas marcas e o homem tenta de todo jeito dribla-la. Uns pintam os cabelos, outros fixam botox nos sulcos da face, outros enxertam silicone em regiões onde aparentemente a natureza já declarara seu Grand finale, outros cirurgiam pálpebras, seios, glúteos, coxas, tudo com a única finalidade de rejuvenescer. A quem enganas? A ti ou mim?
Dizia que o momento mais importante na vida do homem é o envelhecimento essa fase de descarte da natureza. É uma fase onde a reciclagem não é bem-vinda. Quero parecer mais novo. A mente manda e o corpo não obedece mais. Onde jogo só joga os de minha idade. são colocações de puro devaneio, onde a idéia de parecer mais jovem é maiorque o impulso de sobrevivência. A quem enganas a ti ou mim? Talvez o exterior engane a quem olhe mas nunca ao interior, este que não aceita tinturas, pinturas, repuxamentos musculares ou quaisquer cirurgias estéticas, esse leitor de tempo fidelíssimo não engana e não se deixa enganar.
Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.
Viva hoje o que tem-se para viver, talvez, aí resida a felicidade

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Depois de algum tempo, eis-me novamente envolvido em teimar a escrever. De equipamento novo, um Samsung tablet, que acabou por me conquistar por sua performance e agilidade, quedo-me a essa impulsividade incontralável que é escrever, esse manejar constante das letras e sílabas e, também, das rígidas normas e adversidades que a vida nos impõe a toda hora, limitando-nos a cada vez mais sermos alienados, por não entendermos nada de nada, irresponsáveis a ponto de destruirmos de livre e espontânea vontade nosso meio ambiente, lugar onde vivemos e onde nossos filhos e netos viverão, por isso, restando-nos somente a esperança de um porvir melhor, um doce viver, onde o ser respeite o ser e onde todos e tudo se nivelem por cima, na compreensão exata do que é vida, que só pode ser compreendida quando de forma relacional, pura, como é a relação Deus-homem, a pureza mais pura, Amor infindo que nos conforta, e, nos dá essa firme esperança de vivermos sem o peso do pecado, esse mal que nivela a todos por baixo e massacra de forma marcante a vida e viver dos homens.
O cuidado com o global, com o que é público, produziram, por sua falta, uma visão equivocada, um eterno prometer, e, não estar envolvido de fato na promessa é como se fazer enormes e dispendiosas campanhas contra a fome no mundo e deixar a continuidade do massacre econômico, imposto pelas grandes potências às pequenas e médias economias, e, a resolução do problema, por não fazer parte dos interesses maiores dessas grandes nações, nunca se resolve, e, a fome continua a campear o mundo inteiro e pouco a pouco contribuimos para um grand finale do que entendemos como nosso mundo.
" Ensina-nos a contarmos nossos dias com coração sábio..." talvez nossas percepções, o modo pelo qual percebemos nossos dias, nos atrapalhem o viver, no dia a dia, mas, com este sonho, com esta vontade, não de não fazermos por onde merecer consciência melhor, mas, consubstanciados na Vontade de nosso Senhor, a qual independe das nossas, e, vendo melhor as coisas, possamos, dispostos e alegres, Viver realmente, nos preocupando com o próximo, vivendo em paz com todos.