segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ano Novo, quem sabe?

O ano está findando. O tempo, inexorável, não poupa nada nem ninguém. As festas natalinas cedem o lugar para as de final de ano, onde continua-se desejando, saúde, paz, dinheiro e estabilidade para todos os conhecidos, amigos e familiares. Dia primeiro, de cada ano que inicia, a comemoração do dia universal da paz. Paz entre os humanos.
- Feliz ano novo, dizem os homens, entre si, e, apertando as mãos, sinal de que há um desejo bondoso, uma vontade de evolução positiva, em todos os níveis, do ser humano.
Os momentos do natal findo, materializados nos presentes, nos desejos, nos sonhos, projetos, influindo decisões, ainda que por pouco tempo, tentarão sedimentar esses pensamentos bondosos no homem, mas, logo, logo, há um retorno ao normal esquecimento das promessas bondosas. A correria da vida, investimentos, trabalhos, projetos novos e antigos se misturando, países, assim como os homens em sua individualidades, voltam à busca desenfreada de poder, de soberania hegemônica sobre os outros e a destrição, auto, continua, e, como o homem que diz que para ano vai ajudar as crianças com câncer e nunca ajuda, assim os paízes também agem, e, as guerras, mortes, fome, continuam sem controle ajudando a neo-formação e sedimentação de problemas como a destruição da camada de ozônio, mudança climática, aquecimento desorganizado do solo, derretimento do gelo das calotas polares, etc..., suicídio lento e doloroso, tão lento que possibilita aos homens mentirem para si próprios dizendo que não estão sentindo nenhum dos sinais que a ciência evidencia e continuam a praticar todo tipo de auto-destruição. A natureza reclama, esperneia e avisa como pode. São terremotos, tsunamis, furacões e toda sorte de reação, natural de quem está nos estertores da morte.
São Pedro profetizou acerca disso, do final dos tempos, acerca do final dos tempos, "vi os céus se enrolando como um pergaminho...", metáfora para nosso anseio científico de que a matéria está sendo "sugada" por buracos negros, voltando ao nada de onde saíra?
Ano novo, que cada um crie projetos de preservação, de distribuição de um Amor mais permanente, de real interesse pelas necessidades uns dos outros. Quem sabe, por livre iniciativa, arbítrio, como no Éden, onde destruimos tudo, mudando a vontade de Deus, agora também, aprendendo com a História, possamos reverter esse quadro tão trágico, em um outro melhor para todos, inclusive para nossos descendentes.
Maranata, Senhor.

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