O tempo não para, é como as águas de um rio, que, nunca param de correr, em suas andanças. Alguém já disse que uma pessoa não se banha duas vezes no mesmo rio. É porque as águas não param de correr, assim como o tempo, que, jamais pára.
O natal chegou e com ele todas as formas vis de comemorar algo tão tradicionalmente sagrado, o nascimento do menino-Deus, a encarnação maior de toda a verdade da vida, ou seja, o próprio Deus visitando e morando, habitando entre nós, e, nos conscientizando de nossa imensa responsabilidade enquanto habitantes de um planeta que requer uma relação especial, por ser especial, e, por isso, necessitando de atenção especial, aonde o homem não seja o centro de uma criação que já fora redentora na sua própria origem, à imagem do Criador. A velocidade das informações, os questionamentos pós-guerra a respeito de questões e de novos conceitos, por conta dos maus laivos deixados pelos ancestrais, a tecnologia avançadíssima criaram nichos comerciais que são explorados à exaustão, nesta época, nos constrangendo a entrarmos em uma massa consumidora, ansiosa para mostrar nosso sucesso aos nossos pares e grupos sociais e religiosos, aonde vivemos e nos relacionamos, mostrando nossos novos carros, nossos novos sapatos e vestimentas, cabelos, maquiagens, bolsas, viagens, e, tudo mais que cheire a superficialidade, nos enganando do objetivo final da comemoração da data, que, seria a comemoração natalina, o espírito, ou consciência de que em algum lugar e em alguma época nos nasceu o Redentor. É tão sutil nosso espírito natalino que pensamos que comprando e distribuindo presentes à carentes anulamos quaisquer atos ilícitos ou maus que tenhamos feito. Aumentamos consideravelmente o préstito de consumidores compulsivos, ajudando a levarmos a termo, considerando uma visão micro cósmica, a vaidade de termos no ano que finda sido homens de sucesso, bons de cama e ruins de dieta, nos obrigando a vendermos uma imagem de bonzinhos quando na verdade somos ondas de motivação que partem de nosso interior e sim de movimentos totalmente externos e que determinam nossas condutas. É isso que acontece numa visão de hoje do ser humano em todo mundo. Numa visão macro vemos países determinando a submissão em todas as áreas da vida de outros que estão necessitando, permanentemente, de ajuda em todos os sentidos da vida. Da vaidade de ser potência surge toda a corrupção, desenfreada, que acomete a todo o planeta, e, que está presente em todos os lugares. Isso determinou a vida em 2009, guerras, com o comércio de armas, tsunamis com a falta de sensibilidade de autoridades que podem modificar, ou mesmo evitar que tais catástrofes aconteçam, redes de contrabando de toda espécie, enfim, tudo que possa ser determinante de poder e status. A afetação é geral e atinge todos os poderes de um país. Aqui no nosso, infelizmente, assistimos, desolados, momentos de grande tristeza com alguns líderes e seus assessores, malignos a se locupletarem com roubos e verbas ilícitas, verba esta tão necessária em áreas sensíveis como a educação e saúde. Grandes foram as catástrofes e pecados em todo planeta. Como dizia a um amigo meu, simpatizante do espiritismo, que teimava em fazer loas à evolução humana, que o ser humano não evoluiu, pelo contrário, involuiu, pois, nos milhões de anos da existência do homem no planeta, nunca houve um ápice de tanta ruindade e malvadeza como agora no mundo. Não há bondade, só maldade, não há evolução, apesar da tecnologia, das criações, dos novos aparelhos de TV, dos novos livros, o Klindle, das tendências sociais, da sofisticação no vestir e calçar, nos novos carros e aviões, navios, nas novas músicas, nos novos meios de comunicação, nos novos pensamentos, nas novas filosofias, nos modos se comunicar, nos novos estados, nas novas cidades, aonde o massacre estatal é enorme, onde o superficial é o que vale, pois, se inaugura uma nova escola, sem professores, ou com professores com ordem de obrigatoriamente, se diz a boca miúda, passar todos os alunos, jogando no mercado de trabalho profissionais totalmente desqualificados, os novos conceitos de atendimento médico, onde o que vale é a falta de diagnóstico, buscado na loucura dos exames complementares e das cirurgias desenfreadas, enfim, só nos resta gritar como o poeta:
- Deus, Oh! Deus onde estás...?
E, lá no final do túnel, uma luzinha brilha. É natal, nos nasceu o Redentor, apesar da tristeza de vermos pessoas, famílias, cidades, estados e países, destruídos, por vontade própria, pensando ser o centro, ou coroa da criação, como querem alguns, o que necessita, urgentemente ser revisto, pois, Darwin tinha razão, por isso, a Luz, brilhando grita:
- Mas para a que estava aflita não haverá escuridão. Nos primeiros tempos, ele envileceu a terra de Zebulom, e a terra de Naftali; mas nos últimos tempos fará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios.
O povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz.
Tu multiplicaste este povo, a alegria lhe aumentaste; todos se alegrarão perante ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando se repartem os despojos.
Porque tu quebraste o jugo da sua carga e o bordão do seu ombro, que é o cetro do seu opressor, como no dia de Midiã.
Porque todo calçado daqueles que andavam no tumulto, e toda capa revolvida em sangue serão queimados, servindo de pasto ao fogo.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz.
Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o estabelecer e o fortificar em retidão e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos exércitos fará isso.
Talvez a época do natal, posta à Cristandade não seja essa de Constantino, 25 de dezembro, talvez, o foco do natal esteja corrompido, talvez o homem tenha se distanciado muito do sonho inicial, de regeneração e purificação da raça, independente de quem quer que si seja, mas, que, a idéia de melhoria, de evolução espiritual, pregada por Jesus, permaneça e continue a brilhar e a gritar aos profanos do templo:
- Parem, pensem, é tempo de recomeçar. Deixem de ser centro e comecem a amar mais. Amem a seus próximos como a si mesmos...
Amém.
Feliz Natal e um bom ano novo.