sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A alegria vem do Amor

A alegria de ter reunida em volta de mim mesmo, a minha família, completa, aquela como se fosse possível novamente tê-la como nos tempos de outrora. Os três filhos, um menino, o Alexandrinho e duas meninas, a Maysa e a Gabriela, com suas famílias formam o time completo, que me deu muitas alegrias e me sofisticou, à custa de algumas noites indormidas, sendo refinado aqui e ali, nas madrugadas de choros sentidos, seja de fome, quando crianças de colo, na hora exata da mamada, com os gritos mais agudos que já ouvi, até a mãe vir com a papinha quentinha a saciar-lhes ou na doença, quando o sofrimento realmente triplica e a gente se vê ali impotente, sem ação, diante do tamanho da dor de um ente querido, que está embutida na vida e a nossa incapacidade de resolver o que não cogitamos saber.
É uma volta no tempo. Vejo hoje aqui, um pouco mais ampliado agora com quatro netos, os quadros vívidos de nossas vidas entrelaçadas, a minha e dos outros componentes de minha família, esposa, filhos e netos. O Alexandrinho, Maysa e Gabriela, cada um no seu próprio jeito fazendo a vida valer a pena. Ele, hoje, auditor fiscal do estado de Roraima, bem colocado na vida, dono do rumo de sua vida e de sua família, junto com a Natássia e o Alexandre Neto e o Enzo, formam agora sua própria juntada e caminham por si sós, num terreno firme, independente, que me causa estranheza, pois que, assim como as meninas ainda os considero como que as mesmas crianças de um passado não muito longe, onde eu cuidava de tudo e de todos, o que é curial de quem possui uma disposição para viver em amor.
A Maysa engenheira da informática, cursando mestrado em Curitiba, PR, chegou para as festas natalinas completando a família já que a Gabriela mora aqui conosco com o João Gabriel e o Guilherme seus filhos. A Maysa ainda é solteira, mas, está noiva do Heitor, candidato a integrante de nossa família e que quer casar no final do ano que vem. Brincamos o tempo que dá para brincar. Sorrimos o tempo que dá para sorrir e choramos o tempo que nos é imputado para tal ação e assim não percebemos a passagem inexorável do tempo.
O fato é que estamos todos juntos novamente, enquanto é dia. O brilho da luz do amor provocado por um convívio íntimo de todos nos dá suporte para enfrentarmos os percalços da vida e continuarmos a viver o agora, o hoje, como sempre.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Panegírico à Natássia Cruz.

Natássia Cruz é uma arquiteta que consegue insculpir em sua logomarca o laivo de qualidade requerido em seu labor, trabalho altamente criativo. Agora mesmo, em Boa Vista, RR, merecidamente de uma vez só arrebatou de uma banca composta por arquitetos e engenheiros de fora, o primeiro e segundo lugares do concurso em uma exposição, para amostragem de materiais e ambientes. O préstito de fans, é claro, aumentou sensivelmente. É o reconhecimento público de um trabalho que começara a brotar quando Natássia ainda era estudante, acadêmica da Ulbra-AM, e já demonstrava sua enorme capacidade criativa sendo, em seus projetos, diferente de seus colegas e mesmo de professores. Isto, é óbvio, demonstrava o florescer de um novo gênio na ciência arquitetônica e na arte do desenho, o que é corroborado agora nesse concurso.
O amor à arquitetura, às formas, às cores, ao desenho, as nuances das sombras e da iluminação é mostragem frequente em seus trabalhos, dos mais simples ao mais sofisticado mostruário de sua filocalia. Por fazer estritamente o que ama, Natássia avulta-se aos demais, e por ser lhana, sabedora de suas limitações, produz o melhor de si, resultando em harmonia e equilíbrio tanto em projetos complexos quanto em paisagismo e interiores, também em projetos mais simples, os quais, são sempre diferentes, habilidades curiais de pessoas geniais.
Não me surpreendi com tal resultado. Era de se esperar que a criatividade avultasse no concurso e assim aconteceu. Parabéns, Natássia Cruz, extensivo à toda sua equipe, sem a qual não se realiza nada, que juntou-se a você na execução dos projetos.
É o começo de uma carreira promissora, mas, devo lembrar-lhe que o cultivo da humildade é a tiriaga para todos os venenos, as maldades do mundo, sendo que o pior deles é o orgulho cego, aquele que obnubila a criatividade sadia.
Deus continue a lhe abençoar com muitas e muitas vitórias, sempre maiores que estas que você acaba de conquistar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Oração que Deus não quer.

Estamos sob fogo cruzado. De um lado o peso quase morto dos governos oficiais, aqueles eleitos e oficiais, de outro os governos paralelos e que com mais freqüência dominam as cidades de nosso país. Governadores se enroscam com todos os tipos de patrocinadores, que claro cobram seus investimentos em tais campanhas. Agora mesmo, não sei por que veio à tona a séria questão de corrupção no governo do Distrito Federal. Deixaram escapar um filme onde é mostrado o governador, no caso, ainda deputado federal, em 2006, recebendo 50.000,00 reais de propina. Em outro vídeo os corruptos se reúnem depois da distribuição do dinheiro em oração, agradecendo a Deus, por ser tão bom com eles ofertando-lhes essas oportunidades, de receberem propinas e prebendas, dinheiro sujo, desviado de outras atividades sadias e assim prejudicando a ação dessas atividades que teriam ou têm repercussão na sociedade. Em todos os níveis há uma farta fatia de cidadãos que se deixaram envolver em negócios escusos, prejudicando a todos.
No Rio de Janeiro, os chefes do tráfego das drogas comandam descaradamente a sociedade e ditam os caminhos que a cidade e seus cidadãos devem seguir. Aqui em nossa cidade famílias influentes estão diretamente envolvidas com o tráfego, assassinatos e toda a sorte de falcatruas. A sociedade normal, os que vivem para o trabalho e a família resolveram como solução, se trancarem em suas casas onde o perigo da violência existe, mas, é menor que nas ruas, nos restaurantes, boates, cinemas, shoppings, carros, praças, pontos de ônibus, bairros sem luz, semáforos, enfim, em quase todos os lugares da cidade. Podemos dizer que é um fenômeno social espraiado por todo país. A molecagem das autoridades, molecagem entendida como o desencadeamento de ações contra alguém que pode ser disparador de exposição de alguma atividade ilícita, normalmente, de alguém com poder nas mãos, a falta de organização social por parte da sociedade civil, a falta de vontade política dos governantes, facetas dos poderes legislativo e judiciário, não recomendáveis, além de enfraquecer a sociedade geral, deixa proliferar interesses outros que em tudo prejudicam o bem estar social.
- Não tem para quem reclamar, pois, todos estão comprometidos, as instituições, as pessoas, os comandos... Dizia um conhecido meu com referência a uma conta que tinha que pagar e que dos iniciais 6.000,00, com os custos processuais, multas, advogados chegara a 15.000,00 reais descaradamente e como já julgados o acordo só seria efetivado por tempo de pagamento e não por questionamento de quanto valeria o débito realmente.
- É uma molecagem institucionalizada, dizia outro, participante da conversa, veja o imposto de renda que se paga. O assalariado desconta na fonte e quando chega ao final do ano ainda tem que pagar a diferença entre o que a empresa paga e o que é devido ao fisco. Não se pode reclamar sob pena de ser submetido a devassa em sua vida financeira e há um retração nos pensamentos e ações das pessoas.
A constituição demanda juros de hum por cento ao mês no máximo, portanto, doze per cento ao ano, mas, em qualquer transação econômica há juros, multas, e outros encargos que como não se enquadram na palavra juros a molecagem permite que sejam cobrados normalmente arrebentando o orçamento das pessoas.
Acho que estamos em uma hora propícia para uma enorme reunião dos homens de boa vontade para, em se reunindo, orarem, pedindo a Deus por uma nova visão de relacionamento, desprovidos do empenho capitalista de conquistar e querer mais e mais, mesmo que isso signifique o esmagar de outras pessoas, que por sinal formam a grande maioria da sociedade. A reforma política, regulamentada e dando roupagem nova a condução e forma de se fazer política; a reforma tributária onde o estado ganhe mais, mas, não ganhe depauperando o pobre, o homem de modo geral, talvez com a criação de um imposto único; a reforma no judiciário onde a sociedade se sentisse segura na questão da justiça, no geral, sentindo que a lei deve estar em sintonia com os anseios da sociedade. Está na hora de repensarmos o mundo que vamos legar à nossos filhos, netos e bisnetos.
Maranata, Senhor.