segunda-feira, 25 de junho de 2012

Agonia de Gaia

Grandes são as obras de Deus. O firmamento anuncia suas feituras, provindas de Suas mãos, e, esmaga nosso vão conhecimento, nossas pretensões tão mesquinhas. Sempre necessitando de algo, provamos nossa incompetência de gerir nosso pequenino, mas, incrivelmente complexo, mundo. Destruímos nossos territórios numa incrível velocidade sem darmos conta do malefício que nossas mãos impõem ao planeta, moradia futuro de nossas posteriores gerações. Reuniões e mais reuniões, lideranças circunspectas, seriamente vendendo imagem de preocupadas com o mundo, com os povos de todas as nações, a manutenção da condição de vida no planeta, todas recebendo pressões das mais diversas matizes dos interessados em manter tudo como está, vendem seus votos, países inteiros, baseados em "estudos científicos". - Façamos isso ou aquilo e certamente a terra sobreviverá a esses atentados à biodiversidade que impingimos à terra, seja com os produtos da combustão de petróleo, seja na emissão de gases, seja no desmatamento, seja na poluição dos rios, na poluição das mentes com dizeres tipo: - Matamos, porém, realizamos ou instalamos progresso, tecnologia para a melhoria de vida do mundo todo. São projetos lindíssimos com "melhoramentos" das orlas dos rios, dos mares, construções que abalam a fauna, a flora, e todo equilíbrio de milhões de anos, em troca de uma estética tecnológica, uma bela visão panorâmica e o grande transtorno ecológico desses lugares. Anos e anos de reuniões. Promessas e promessas, e, o que era para se fazer macro se faz micro, mas, com conotação exagerada de realizações hiperbólicas, num cíclico vezo e mentiroso que se perpetua em nome da modernidade. Sonhos de morte, horizontes cinzas, animais em extinção, floras desaparecidas, guerras em nome da paz, mortes exageradamente desnecessárias, enfim, sinal dos tempos, anúncio de término, agonia de gaia, morte, infelizmente o que si espera, na modernidade.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O homem nu.

Lagrimei, emocionado, ao ler reportagem, em jornal, sobre um aborto provocado deliberadamente em uma chinesa por esta não ter o equivalente a doze mil reais para poder ter direito de tal evento. A foto é chocante, está no jornal, estática, revelando todo desprezo, covardia e desrespeito a seres humanos, no momento, dos poderosos líderes chineses, em relação ao direito à vida de quem não pediu para ser gerado. A moça, deitada na cama de hospital, com os olhos vermelhos de tanto chorar, olha vaziamente para o infinito, enquanto, ao seu lado, mais perto das pernas em um lençol o neném jaz coberto de sangue, inerte, morto. É uma cena pesada, dessas que comuns são em filmes de terror, chocante porque mexe com a consciência, desnuda a maldade humana, desnecessária, brutal e pecaminosa, revelando total falta Deus nas vidas de quem tem este infame poder de vida e morte sobre outros seres humanos. Não imagino a pessoa que tal ordem deu. Se não tem dinheiro não tem direito à vida, isto é, se tivesse os doze mil o bebê nasceria a termo, pois, pouco tempo restava para tal, ela estava carregando o neném há sete meses. Registro o caso, confirmado pelos próprios chineses, conforme a reportagem, com muita revolta e emoção, refletindo que é impossível não haver uma resposta de países, de pessoas, de governos a um atento explícito a uma consciência formada, um ser humano completo, morto por causa de uma ninharia: doze mil reais.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Meus sessenta anos.

Hoje é meu sexagésimo aniversário. São sessenta anos vividos desde o nascimento em 1952. Muitas coisas, muitas e muitas tem passado por baixo da ponte e por cima da estrada. A visão, adquirida na educação, provinda dos pais, não mudou em nada. A convicção de que todos os seres humanos são iguais e que estão no mesmo patamar de necessidades é a mesma. A lenta morte que estamos estabelecendo ao nosso planeta, com todas as complicações provindas disso, que se estende desde o jogar de uma simples garrafa pet na estrada, ou na rua, até a destruição da camada de ozônio com nossa imensa emissão de carbono da atmosfera, tudo me faz crer que ainda estamos longe de sermos ou termos a perfeição ansiada pela religião e proposta, no seguir da normas, pelo Direito, pela filosofia, pela antropologia, pela ciência. Ainda nos arrastamos pelo chão, como bebês, cheios de direitos e com poucos deveres, servindo cada um a si próprio, cheios de um poder virtual, e, literalmente acabando, com capa de não, o meio em que vivemos, e, pior o mundo onde nossos netos vão viver. Minha vida tem sido pequena, pouco voltada aos grandes interesses que o povo, esta entidade compreendida apenas virtualmente como algo longe e notadamente necessitado de algo e realmente tido como ente pouco abençoado, sem nada a oferecer, portanto, sujeito a não ser nada, desejado a ficar distante, mas, que com idéias pouco difundidas, assim deve ser, algumas pessoas através de alguma associação, como as igrejas que frequento, têm sido amenizados na pesada humanidade que têm de carregar, seja na educação, com nossos times de futebol e inclusão digital, seja na fome, com a doação de pelo menos de quatrocentas sopas e pão a crianças carentes da periferia, seja na visitação aos doentes e necessitados. Mais um ano se soma aos 59 detrás. Vida abençoada por quatro filhos maravilhosos, cinco netos magníficos, me faz feliz, me faz sonhar mais, viver mais, criar mais, viajar mais, conversar mais, conviver mais, ansiar mais, ser mais. Alexandre Filho, Maysa, Gabi, Natássia, Alexandre Neto, Enzo, João Gabriel, Guilherme e Davi, por enquanto, ainda espero a benção de ver os filhos de Maysa, minha filha do meio, me enchem a alma de alegria e felicidade, por isso, neste dia, dia em que envelheço mais um ano, agradeço a Deus por esta grande oportunidade, benção: de simplesmente viver. Agradeço também a benção dos amigos que comigo têm vivido grandes e pequenos momentos, porém, em tudo fortalecendo a vida, engrandecendo as virtudes, não negando os defeitos, e, principalmente glorificando a Deus, nosso Senhor.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

O riso do Davi

Não há o que pensar: o riso do Davi supera todas as possibilidades de superação da tristeza e da solidão, este sentimento tão comum e corriqueiro que compromete nosso dia a dia; é maior que qualquer dor, maior que o céu brilhante, com suas constelações expostas, iluminando o céu. Não se pode comparar com nada. O riso, quase gargalhada em um menino com menos de três meses supera nosso entendimento do que é necessário para se viver. Não é um sorriso falso, sem graça, disfarçante, desprovido de compromisso, é simplesmente um sorriso aberto, com boca grande, mostrando toda gengiva, reflexo da visão, talvez, vultos da realidade, real para ele, que procura foco em todo lugar, principalmente no rosto do avô. Ri um riso gostoso, mostrando que a vida vale a pena, mostrando que tudo da vida gira em torno de um riso, sincero, leal, forte e formoso de um neném, de um bebê que é o centro das atenções e das afeições de toda família, esteja ou seja aonde for. É um humor destinado às grandes personalidades. Uma das características da liderança é o bom humor, essa capacidade divina de lidar com os transtornos, com os desatinos. É um vezo nato, outros que tentem, mas, só quem tem não precisa mostrar que tem, simplesmente tudo absorve e sorri, mas, não um sorriso qualquer, e, sim um sorriso cheio de amor que exige reciprocidade, que denota paixão pelo que faz, que tem respeito pelo foco real ou não. Isto dá ou concede um fascínio único no dono do sorriso, um quê que poucas pessoas possuem: o dom de amar e ser amado. Obrigado, meu Deus, Senhor de minha vida, pelo Davi, assim seja para sempre.

domingo, 3 de junho de 2012

Lua Cheia.

Dizem que o céu estrelado da Palestina tem par somente em Boa Vista onde a lua brilha mais forte e as estrelas brilham mais. Agora mesmo, daqui da varanda, olhando para o alto vejo a lua cheia derramando seu prateado luar sobre a cidade, prateando as casas e ruas, alegrando a noite com suas luzes, convidando para pensar e repensar a existência e seus matizes, o bem e o mal, a relação magnífica entre os seres humanos principalmente com a família, com o bem estar da humanidade, nestes dias tão difíceis, a fome, o fim do mundo, as guerras, o desapego às coisas espirituais e o apego à matéria compreendendo a agressão entre os próprios humanos, à natureza e suas fontes, à sua própria natureza. Lua redonda. Luz difusora da paz, da igualdade entre os homens, do apelo à compreensão que só a humanidade pode ensinar que somos todos iguais em Deus, nosso Senhor, criador de todas as coisas.