terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A tristeza de Deus.

Então é natal, como diz a música. As cores firmes e fortes da época estão em todos os lugares dando uma visão colorida à vida. As lojas, grandes ou pequenas, se esmeram em oferecer artigos de toda espécie e que satisfaçam as necessidades dos consumidores. Por todo canto uma euforia se espraia na população elevando o moral e uma virtual felicidade. Papai-noéis que dançam, mecanicamente, ao ritmo das músicas de época, dão boas-vindas aos consumidores, nas entradas das lojas. Tudo é alegria, agradecimentos a Deus por vitórias individualizadas, Deus gosta muito de mim, pensava uma senhora remexendo as caixas de brinquedos em promoção naquela loja, em busca de algo para presentear os netos.
O mundo está em festa, nasceu o redentor, estamos salvos, pensam todos em suas individualidades. Lá longe uma bomba explode matando civis, soldados, crianças, mães, filhos, avós. Matam crianças, esperança do mundo do futuro, ao mesmo tempo patrocinam projetos de arrecadação de fundos para a garantia de um mundo melhor. Lá longe a miséria, paízes inteiros morrendo à mingua, de fome, campeia e as crianças morrem ante a telinha das televisões do mundo inteiro, e pessoas piedosas resolvem que para o próximo ano elas contribuir nesses projetos contra a fome. Lá longe uma comissão decide que trilhões de dólares servem para salvar alguns bancos da falência que prejudica o mundo todo.
Lá em cima Deus observa a tudo, as guerras, as corrupções, a fome, o mal intencionado, as mortes desnecessárias provenientes do egoismo, tanto de individuos quanto de nações, a de generação da terra, os tsunamis, os terremotos, a destruição da camada de ozônio, os pais matando filhos, filhos matando pais, a prostituição em larga escala, etc..., com uma grande tristeza, não pode interferir na vontade humana, como no passado reflete o quanto o homem se desviou de seus propósitos.
Há tristeza em Deus, penso eu cá embaixo, tristeza por não poder ou querer interferir nas ações sempre maléficas do homem. Um dia talvez haja consolo para tão grande tristeza, posto que seu hospedeiro, Ele mesmo, é grandioso, magnânimo, benevolente, bondoso, e, em Jesus pai da eternidade.
Maranata, Senhor.

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