segunda-feira, 26 de abril de 2010

Avatar - O Bem e o mal.

Assisti, tardiamente, ao filme que tem impressionado as pessoas ultimamente por virtualidade, mas, que traz uma mensagem importantíssima: a velha luta do Bem contra o mal. O que mais me chamou atenção, além dos efeitos das imagens, foi a contradição maior dessa eterna luta onde o mal é derrotado pelo Bem que como sempre vence transgredindo as leis sob as quais vive. Peitado e premido pelas forças maléficas o Avatar conduz o povo escolhido por ele como seu a uma rebelião que acaba por destruir e aniquilar as forças convencionais, o mal.
É um filme que merece atenção, pois, trás uma lição subliminar, a de que o homem seja ele mesmo ou produto de si, um Avatar, sempre ansiará por uma redenção, um Éden, um recomeço, uma nova vida sem veleidades e corrupções onde a paz seja uma constante e a não transgressão e a transgressão não seja mais necessária como necessidade básica, como laivo da desobediência do homem impulsionado por essa necessidade premente de querer conhecer o proibido.
Fiquei admirado de saber que o préstito do Bem é pequeno, mas, valoroso e que concentra toda a sua energia no Ser por isso é vitorioso e capaz de solucionar os mais intrincados enredos. Quando quer, e, apertado pela necessidade profunda da sobrevivência, o homem busca dentro de si a força necessária para vencer quaisquer obstáculos mesmo os mais impossíveis. Há um momento mágico, o da oração, o da entrega dos caminhos para algo que é maior, para o sobrenatural, o que só é possível através da fé e aí o que parecia impossível passa a ser possível e toda a força proveniente dessa enorme transgressão das normas do natural é vencedora e traz paz, alegria, mesmo quando no furor da batalha se perde entes queridos e há destruição, pois, agora a esperança do recomeço e do renovo é o que vale.
Não há medo nem pavor, simplesmente, a férrea vontade de estar em paz com tudo e com todos. Inimigos derrotados, mundos a se refazer, não mais choros e tristezas, somente alegria de viver e com ternura relembrar a vida de antes.
Assim, como o Avatar, num momento somente dele, descobre o porvir e luta por ele, deixa essa mensagem extremamente libertadora e terna, ao mesmo tempo tão violenta na sua conquista, o homem não pode perder-se no meio de sua própria selva e não deixar de realizar sua missão maior: o de ser feliz.

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