domingo, 3 de maio de 2009

O desencontro do Ser.

Vejo e registro desolado a condição destruidora do ser humano, coroa da criação, como querem os ortodoxos. Um verdadeiro massacre à natureza. Milhões de hectares de floresta são destruídos todos os meses na ânsia desenfreada de plantio ou para fazer projetos outros que nada contribuem para o benefício real do ser humano, a não ser de pequenos grupos cujos interesses sem dúvida é o capital pelo capital.

A violência campeia nos centros urbanos, seja quais forem, de uma forma muito acelerada. Os mais absurdos motivos tentam justificar os massacres de seres humanos, totalmente desumanizados, em outros seres humanos. A cada dia mais humilhante fica a população de uma cidade, imprensada em si mesma, sem ter para onde ir na ânsia de proteção, pois, é comum, a violência em seus mais variados graus. Falta de Deus, falta de amor, falta de educação, falta de civilidade, falta de programas sociais, falta de intervenção do governo, falta de método para a melhoria do sistema, são quesitos dos mais solicitados nas rodadas intermináveis das reuniões das comissões para resolverem os problemas sociais. É a realidade.

Conversei, um dia, com uma pessoa que conhece uma outra totalmente derrotada por essas forças, que quando atingem alguém, não atingem apenas pontualmente, mas, a família, a rua, o bairro, a cidade, o estado e o país. Essa pessoa teve a casa invadida por três rapazes que ao entrarem roubaram estupraram, não apenas o psiquismo, mas, também, para sempre a vida dessas pessoas. A reação do chefe daquela família me chamou atenção, pois, depois de muito pensar ele contratou um pistoleiro, tão comum cada vez mais, da cidade e mandou eliminá-los. Está convivendo com o problema provocado pelo estupro de sua família, pelo roubo, pela humilhação, e, mais, o peso do nivelamento com os bandidos. É uma pena. Não dá mais para voltar atrás e fazer uma outra opção.

Nas ruas, nas casas, nas igrejas, nos transportes, nos logradouros públicos, nas vilas, nas cidades, no interior, nas capitais, nos cinemas, em todos os lugares do planeta em maior ou menor escala a presença sinistra dos problemas sociais se agrava a cada dia. Até mesmo em nível internacional, nas relações de país para país se vê a violência, por exemplo, um país como os Estados Unidos da América, invade outro país, o Iraque, liquida a população, se arvora como salvador daquela pátria e à revelia do mundo faz e acontece em todos os lugares, com uma mentalidade paternalista, sabendo o que é e não é melhor para os outros. E em outros países menos evoluídos? também as lutas do poder pelo poder, os pensamentos fascistas dos líderes, assombram, tal a violência empregada. Em toda parte as invasões de terra são comuns, não importando se está ou não ocupada, apenas para dizer que tal organização ou domínio está “trabalhando” para o bem estar dos seus agregados e enriquecimento de seus líderes, a mesma visão existe dentro das igrejas, das Ongs, das fundações, das organizações. É o caos total. A esperança reside na individualidade que pode pelo poder de escolha própria endireitar os caminhos, as veredas tortuosas. Campanhas e esclarecimentos, como forma preventiva, não à impunidade, o poder judiciário forte, o legislativo sadio, e, o executivo hígido, dão a possibilidade de mudança para um mundo melhor.

Maranata, Senhor.

Um comentário:

  1. a humanidade longe de Deus só produz desgraça. eh triste. mas há esperança!

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