terça-feira, 5 de maio de 2009

Eternidade.

Tenho pensado ultimamente muito acerca da finalidade maior do homem na terra. O tempo e o espaço continuam sendo objeto de estudo e mesmo centro do problema existencial do homem, considerando a impossibilidade de se prescindi-los. A direção aponta para o fim, a degeneração de tudo e o esquecimento, aniquilação total do ser. A busca desenfreada da eternidade é bastante comum na juventude, que a busca em todos os ângulos e momentos da vida diária, não importando tanto quaisquer compromissos que não sejam os de viver intensamente.  O tempo passando, mostra a mesma pessoa continuando a procurar, às vezes, na religião ou nos clubes sociais, ou nas amizades, na feitura de bem social, buscando ser um virtuoso, sincero, preenchendo o tempo com todas essas propostas e mesmo assim não tendo satisfação, não enchendo a sua alma. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, diz o Eclesiastes. Tudo tem fim e não eterniza, pois, logo o virtuoso, depois da morte, é esquecido e já não se fala mais nele. Suas ações são esquecidas, as virtudes, sua bondade, todo seu esforço para se aprimorar. A riqueza acumulada, os amigos, seus sonhos e realizações, tudo se perde, não produzirá nada depois da morte. É a observação que mostra isso. A sabedoria adquirida na experiência da vida some antes mesmo de se morrer. Não há nada que si possa fazer para amenizar a dor de saber que tudo é vaidade, é tudo em vão. Tudo é vento, passageiro. Se assim é, porque o trabalho incessante, porque se organizar ou tentar se organizar em sociedade, para que a idéia de armazenar, para que dizer que ama e ter o desejo de ser amado, de ser melhor, de querer ser bom e ajudar, de si encontrar, para que a amizade se tudo é vaidade.

É eternidade o relacionamento substancial do Amor, que transcende o tempo e o espaço. A recíproca do toque do Amor. O compartilhar da criação, no trabalho gostoso de estar do lado do Todo. Sem tempo e sem espaço, apenas compartilhar, se dando à Obra de Recuperação do Sistema Perdido. Qual o portal de acesso de volta ao paraíso perdido? Apesar de todo sinal de impotência o homem tem dentro de si mesmo uma chama que clama por eternidade e dentro da eternidade uma que pede por toda pureza da criação. Há essa esse clamor inato plantado geneticamente no coração humano gritando por algo que transcenda a lógica. Essa chama é Deus, o criador do universo, aquele que em criando gerou todas as possibilidades de restauração ao homem caído, lógica incompreensível às criaturas. Então ao homem caído, por livre e espontânea vontade, é dado ter um pouco da árvore do bem e do mal, pois, só usa 10% de seu potencial pensante e perceptivo, da sabedoria, mas, quando chegar o momento de recuperação geral das naturezas, haverá de o homem ter a razão, a lógica, provinda do Todo, já em novos corpos e nova matéria, onde não haverá mais a percepção de caos e sim de alegria infinda, como em alguns momentos da vida, seja de uma bela paisagem, de ternuras, de amores, de sentimentos, onde o ser humano pode deslumbrar o que seria ou o que poderia ser o Éden. É transcendental o pensamento, pois, não pode haver compreensão do Todo se si é parte, e, não o Todo, mas, na esperança e na fé da restauração haverá de haver a compreensão do geral, no uso efetivo de 100% do pensamento e da consciência. As percepções serão restauradas, como eram no Éden, dando potencialidade à vida, levando em consideração que na natureza nada se perde nada se cria, mas, tudo se transforma, e, que, conforme a profecia, novos corpos teremos, assim como uma nova terra, enfim, uma nova vida restaurada, uma nova matéria. Enquanto a História corre, como um rio em seu leito, o homem deve aprender a lidar com seus sentimentos, em momentos de tensão, tirando de cada segundo da sua existência, nesta matéria ainda muito condensada, proveito de alegria por fazer parte desta enorme corrente humana, cuja vida só tem sentido se viver-se intensamente a alegria de cada momento. A eternidade começa aqui em nossas vidas terrenas, com Jesus, autor e consumador da recuperação Total. É leitura do dia a dia, momento a momento. É momento de se dar por completo a toda obra na qual estejamos engajados. Enquanto podemos demo-nos por inteiro às nossas obras. Viveremos para sempre, incorruptíveis, isto é o cerne do cristianismo, é o que penso.

“Este é o dia que Deus criou para nós, alegremo-nos e regozijemo-nos nele...”

Um comentário:

  1. A busca incessante por significado, transcendência e sentido pra a vida humana, acabam por cair na frustração de não se encontrar o que está se buscando...A única saída viável é se firmar na Rocha Eterna, que é Jesus. O resto são focos de luzes difusas no meio da neblina, sobre um pântano de areia movediça!

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