segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Seres Humanos.

Todos nós seres humanos navegamos por esse mar comum da vida, e no mesmo barco. O mar, na sua imensidão, é a humanidade, a carga que vivemos, e, o barco, na sua fragilidade, a vida que sofre as influências da humanidade, sendo uns mais pesados que outros, mas, todos sofrendo, à revelia da vontade, toda sorte de violência e bonanças por parte do mar, bastando ter ou não ventos, fortes ou fracos, que provocam ondas altas ou baixas, massacrando-nos, às vezes de forma radical, ou tranqüilizando-nos no mar bonançoso onde nosso barco singra como num lago, como um cisne, sem onda, nem marola, as águas verdadeiro espelho, no qual está refletida toda tranqüilidade vivida ou a viver.
É bom estar nas águas bonançosas de um mar suave e sem ondas, mas, o próprio homem tem insistentemente depredado, violentado as leis que regem e influem no equilíbrio da natureza, que requerem um cuidado especial, onde nada pode ser prescindido como cuidado, sob pena de desastres acontecerem, como os tsunamis, os terremotos, a alteração climática, com degelos nas calotas polares, com seu respectivo aumento de temperatura no globo terrestre. A poluição, produto excretado, de todos os tipos de materiais têm mudado o mundo como todo, como o clima, as relações sociais, a saúde tanto do planeta quanto dos seres vivos, a caça desenfreada de certas espécies de animais, que findam em extinção, produzindo a quebra do ciclo biológico dessa e de outras espécies, proteção natural para o equilíbrio geo-biológico do planeta, à ânsia de poder e o desmedido esforço para consegui-lo e mantê-lo, o avanço violento dos governos paralelos, enfim, todo tipo de violação contra as normas e leis que regem a natureza quebrada por ação única do egoísmo de pessoas e governos que não medem esforços para egoisticamente se instalarem como verdadeiros, como conscientes do que é melhor para os povos e nações, portanto, para a natureza e nesta idéia vão depredando tudo e todos.
O planeta tem resistido a essas investidas, mas, por quanto tempo? O que é, verdadeiramente, real é a venda de imagem para obtenção de poder, essa demonstração pueril, egoísta em que o ser humano vem trilhando como normal desde as mais remotas eras.
Penso que John Gray, em seu livro Cachorros de Palha, tem razão, o homem por si só é destrutivo e não há esperança de mudança radical em sua personalidade a ponto de salvar o planeta:
“A boa política é medíocre e improvisada, mas, no início do século XXI, o mundo está apinhado de grandiosas ruínas de utopias fracassadas. Com a esquerda moribunda, a direita tornou-se o abrigo da imaginação utópica. O comunismo global foi seguido pelo capitalismo global. As duas imagens de futuro têm muito em comum. Ambas são horrendas, e, felizmente quiméricas...
Hegel escreve em algum lugar que a humanidade só se contentará quando estiver vivendo num mundo construído por si mesma. Ao contrário, Cachorros de Palha argumenta a favor de uma mudança que se afaste do solipsismo humano. Os humanos não podem salvar o mundo, mas, isso não é razão para desespero. Ele não precisa de salvação. Felizmente, os humanos nunca viverão num mundo construído por si mesmos.”
Essa é a vida do homem.
Maranata, Senhor.

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