domingo, 25 de outubro de 2009

Dia dos Dentistas.

Hoje é o dia do dentista, que também tem um dia só para si. Na verdade é uma tentativa, como em outras profissões de se fazer lembrados. No dia 25 de outubro de 1886 foi assinado o decreto pelo qual se estabelecia no país as primeiras faculdades de Odontologia, no Rio de Janeiro e na Bahia. É, portanto, aniversário da assinatura do decreto aproveitado pelos conselhos e pelo conselho federal para lembrar à sociedade da existência desse profissional que aparentemente só seria lembrado na hora das terríveis dores de dente, presente no país em inteiro, com menor intensidade é claro na região mais ao sul, e, muito mais comum em nossa região, aqui no norte.
A tecnologia e o surpreendente evoluir da medicina, como um todo, acabou por influir e transformar a odontologia em uma matéria mais técnica ainda, aliando , é lógico, o conhecimento científico como base para as pesquisas e seus desdobramentos. A descoberta, por exemplo, do titânio como um material de excelente bio-compatibilidade, deu um impulso na área cirúrgica de recuperação dos mutilados, desdentados, grande número em nosso país, para melhor. O implante agora aceito pela sociedade se torna, a cada dia, como um tratamento de longa duração, com excelente resposta para a vida do paciente, como sorrir-se mais, convivência social ativada, melhoria, enfim, nas relações e na sociabilidade.
Os materiais odontológicos causam impactos nos mais diversos ramos da odontologia quando visam a mistura correta, balanceada da estética e função, pois, um desequilíbrio qualquer na oclusão pode causar sérios problemas nas articulações temporo-mandibulares e músculos correlatos a ação do problema. É, portanto, gratificante para o profissional da área, quando do final do tratamento, visualizar o sorriso de alegria e conforto estampado no rosto do paciente. Junto com esses materiais o desenvolvimento dos antibióticos e antiinflamatórios e anestésicos produzindo um tratamento seguro e totalmente indolor dá confiabilidade aos dentistas, confiabilidade essa perdida ao longo do tempo por conta da disposição de materiais e instrumentos inadequados, mas, que na época era o que se dispunha para se realizar o trabalho odontológico. A broca movida a pedalada, imagina, que por sua diminuta rotação produzia um esquentamento da ponta e dos dentes, as vezes causando fortes dores, é uma prova da evolução. Essa rotação, hoje, chega a 400000 RPM, e, sempre regada com jato d’água, alivia sensivelmente a sensação dolorosa do tratamento. A anestesia com vasoconstritor e numa concentração segura dá tempo de trabalho maior o que confere um alívio para o paciente. Enfim, houve uma melhora com a evolução tecnológica.
Há quem diga que o anseio por faturamentos maiores e melhores, as vezes ultrapassando o limite do saber, tem feito alguns tratamentos fadados ao fracasso, mas, não é uma regra é uma exceção. Os profissionais que não conhecem seus limites vão pouco a pouco sendo colocados à margem do mercado de trabalho, assim como também os que não se reciclam e não oferecem tratamentos diferenciados.
O certo é que a maioria dos dentistas quer oferecer o melhor que dispõem e julgam como corretos em seus planos de tratamentos.
O ideal seria a socialização dos tratamentos, assim como acontece na medicina geral, que oferece todos os tipos de tratamentos aos seus pacientes. Já pensou um dentista podendo fazer implantes e todos os tipos de prótese em seu próprio consultório, restaurações, tratamentos endodônticos, periodônticos, etc...; através do SUS? Seria um avanço enorme para a sociedade, e, a certeza de entrada no mercado de trabalho garantido aos mais novos, estabilidade aos mais velhos, e, principalmente fonte de enraizamento do profissional no interior dos estados, onde hoje se tem a maior dificuldade de fixação de profissionais.
Dias melhores virão. A sociedade marcha para uma consciência mais apurada, onde os direitos e deveres, nesta área pelo menos sejam realmente lapidados para melhor.
Parabéns, doutores Cirurgiões-Dentistas, principalmente de meu Estado, o do Amazonas.

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