segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um sonho a mais.

É uma data muito importante para nosso país. É comemorada de ponta à ponta de um país tão extenso e diverso como o nosso, composto por 8.514.876.599 Km², 47% do território sul-americano, sendo responsável por 20% da biodiversidade mundial, tendo como exemplo maior a floresta amazônica com seus 3.6 milhões de Km², constituindo-se assim, de uma importância geo-político sem precedente na história mundial.

Foi, diz a tradição, às margens do Ipiranga, um córrego, situado em São Paulo, hoje, como todos os rios de lá, sofrendo com a poluição imposta por construtoras e obras habitacionais, que D. Pedro, depois do grito alcunhado de D. Pedro I, bradou o famoso grito, tão nosso conhecido, de tanto os professores nos ensinar que simplesmente um grito foi suficiente para a proclamação de uma república. Alguns historiadores ensinam que a independência fora um processo lento, de insatisfação, que começara com a instalação da família real aqui por estas paragens. Esta vinda ocorreu em 1808 quando a família real fugiu de Portugal, por uma questão de segurança, e, das tropas francesas na chamada guerra Peninsular.

Sete de setembro de 1922. A data da independência. Não somos mais ligados ou capachos de quaisquer outros países. A festa aqui em Manaus, de meus oito anos, em 1960, era feita na Avenida Eduardo Ribeiro, rua principal de Manaus, e a população se acotovelava para ver a marcha dos soldados militares, depois, as escolas com os alunos paramentados nas fardas de gala de cada colégio, com seus brasões e estandartes e os maiores à frente, marchando em passo de ganso, a fanfarra logo atrás, davam um ar de alegria e orgulho aos ouvintes e transeuntes que por ali se encontravam, e, os pais e mães risonhos e orgulhosos com a escolha do filho terem ocorrido dando chance a ele de marchar logo à frente.

Lembro que meu pai comprava bandeirolas e cata-ventos nas cores verdes e amarelas para que as agitássemos à passagem dos cortejos, tanto militar quanto colegial. Era um dia de muita alegria. O espírito nacionalista era vibrante em cada casa e ainda não sabíamos o “jeitinho brasileiro”, o deixa disso, a venda de imagem, o perigo de votar em troca de algo, de ser tão massacrado por esperanças que quando podem ser reais, são na verdade irreais e cometem ao passado corrupto e inconseqüente, essas coisas que criança não sabe nem está preparada para saber.

Mas, dizia, que tudo era festa e que lá na multidão estava eu com meu cata-vento a rodar silenciosamente, misturando o verde e o amarelo, numa incrível velocidade, quando tinha vento, rodopiando e rodando, amalgamando as cores, me fazendo sonhar com um Brasil melhor, um lugar para se viver em paz, assim como o rodar infindo do cata-vento, que continua a rodar em minha mente que infindamente continua a sonhar, roda, roda monstruosa, essa do mundo, roda e nos deixe dormir em paz. Viva 7 de setembro de 1922, um sonho a mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário