segunda-feira, 13 de julho de 2009

rei Roberto Carlos.

Ontem o país parou para ver, à noite, o show do rei Roberto Carlos, comemorativo de seus cinqüentas anos de carreira, e, eu, é claro, junto com esses milhões de fãs, espalhados por todo país, também parei. Foi um show longo, cheio de recordações das mais variadas matizes, que, traziam para uns as mais variadas formas de emoções e sentimentos, ouvindo as músicas de trinta ou quarenta anos atrás, outros as mais recentes, enfim, todos juntos unidos pela exposição da arte de um gênio da música, que como cola espiritual, conduzia o país todo em uníssono, ansioso para ouvir a próxima música, e, gerando um comportamento retilíneo para todos, pois, todos parados, extasiados, olhavam e ouviam pela televisão, em suas frentes, sons, privilegiados, carregados de amor desde a história de seu nascimento musical em final dos anos cinqüenta e começo dos sessenta até os dias atuais, numa retilineidade do amor a toda prova.

Canções de amor, de fé, de esperança, de homenagem, de segredos, de sonhos, de afetos, de confidências, de compartilhamento, de declaração, todas descrevendo a sentimentalidade existente em nós seres humanos e súditos de tal personagem, pois, nos refere a cada um de nós, em todos os momentos da carreira musical em determinadas situações, seja com o que gostaríamos de dizer para a pessoa que amamos, mas, não temos a idéia de expressão, seja a observação do fenótipo, do jeito das outras pessoas, como em Mulher pequena, Você é tão linda esperando neném, etc... É só pegar emprestado um ou dois versos das músicas que estão ali a falar praticamente de todos os assuntos inerentes a qualquer relacionamento, principalmente, este a dois, e, dizer apaixonadamente, como se requer à pessoa amada. Ficamos ali parados, perplexos, com a capacidade impactante da expressão musical do rei, e, o aproveitamento genial do diretor do programa seja na continuidade, seja no improviso que acabou acontecendo em alguns momentos do show. Belíssimo e emocionante programa, digno de um rei. Se já era fã das músicas de Roberto Carlos, ante a exposição direcionada de sua obra, quedei-me, formidavelmente, na nuvem de fãs espalhados por todos os cantos do país. Talvez, ainda não tenha acontecido maior audiência de uma televisão com o show de cinqüenta anos de Roberto Carlos.

O show serviu para demonstrar que a vida vale a pena se vivida, e, se, nela estiver embutido um componente de enorme valor individual que é a amizade. Quando seu parceiro e amigo, de tanto tempo, Erasmo Carlos, entrou em cena, o que valeu, foi a improvisação, pois, a emoção concentrada de tantos anos juntos na mesma estrada, deu vazão, como seres humanos normais, a uma demonstração nítida, através do choro, que somos todos iguais e suscetíveis às mesmas coisas, tensões, e, emoções.

Fiquei grato a Deus por, na minha geração, termos tido o privilégio de sermos contemporâneo de uma pessoa tão ilustre quanto o rei Roberto Carlos que aproveita muito bem o dom que Deus lhe deu, qual seja, o de espalhar, através da música o Amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário