domingo, 19 de julho de 2009

O Cristianismo como fonte do sofrimento.

O cristianismo, niilista, tem tentado explicar, desde sua origem, a redenção humana, a qual está encerrada dentro do conceito, erroneamente interpretado, de que o homem é o centro da criação, e, que, somente assumindo este papel, por sua capacidade de pensar e de raciocinar, é que ele seria totalmente diferente dos outros animais, a tal ponto de ter o privilégio de ter um Deus voltado exclusivamente para ele e ao seu dispor o tempo todo. Quanto mais regra, criada para gerenciar a vida humana e regulamentar a dos animais, mais importante se sentiria o homem, no contexto da criação e assim foi feito. O homem é, principalmente, um ser que não se importa com nada, e, trata de destruir, a cada segundo a sua existência, de se destruir integralmente, não importando as conseqüências tanto para ele, homem, quanto para a natureza como um todo, o que o torna o maior predador do planeta e quem sabe do universo, pois, ainda hoje, seu discurso é de defender o planeta terra de sua própria ameaça, mas, ao contrário, só pensa em auto destruir-se, e, por isso acaba por destruir a sua própria casa, com guerras, destruição do bio sistema, etc... As guerras, em todas as suas manifestações, nada mais são que um reflexo de personalidades massacradas, doentias, por tentativas de eternizações através dos séculos, por si mesmos.

Deus em sua infinita misericórdia tem feito de tudo, a história é farta em testemunhar isso, para amenizar a ira com que os homens tratam a si mesmo e o sistema de vida onde vivem. A destruição da terra, como planeta e como “centro da criação”, é patente em todas as obras criativas do homem. A veiculação alienadora do capital sobre a vida do homem é impressionantemente devastadora. Os nichos de miséria e de fome, onde nascem as maldades maiores entre os homens, como as drogas e o que fazer para se ter o maior ganho possível, seja nas suas maiores deformidades, como a arte de matar, de se impor sobre os outros, enfim, de se auto destruir, seja na vontade expressa de que nada vale a pena a não ser a morte, mesmo que seja a dele mesmo e do planeta e da natureza como um todo. Não há a mínima possibilidade de reversão desse quadro, onde o governo paralelo é quem manda em tudo e em todos, onde a quebra das regras é que é a correta, e, é regra não exceção, e, o pior é que isto não é privilégio deste ou daquele país, mas, algo comum em todo planeta terra, colocando em xeque a sobrevivência do planeta e da raça humana. Em algumas regiões da terra, como em algum lugar da África, ainda há pessoas que morrem de fome em sua frente, na Tv, onde a inanição é endêmica e as mães, lutam pela sobrevivência de seus bebês, às vezes sendo filmadas dando o peito para o neném morto, desfalecido em seus colos.

Há que pensarmos em um novo aproach do assunto. Jesus veio para alertar a humanidade. Nunca houve conversão cristã. Os homens continuam a ser os maiores algozes de si próprios. A terra e seus habitantes estão fadados ao fracasso, pois, consciências e pensamentos, são trocados por capital, o que sempre vai ser igual a desespero, violência, morte, destruição, inclusive das fontes vitais de sobrevivência como a água e a comida natural. Aberrações como a troca da salvação de bancos por trilhões de dólares e derrota de milhões de vidas com fome, sofredores de terremotos, de tsunamis, de enchentes, de miséria e de fome real, são algo comum, lugar comum na vida do planeta, comum a todos os países, a todos os lugares.

É muito sofrimento para entendermos que não somos nada, mas, ao contrário, o homem no poder de decisão, torna-se, em seu entender mais forte e vitorioso na medida em que ele avança para momentaneamente receber suas glórias e honras, e, no entender de Jesus é tudo que vão receber.

Acredito que não há redenção para o planeta e para o homem, pois, já não há o que resgatar, pois, tudo está destruído, até a boa vontade divina, a qual está umbilicalmente ligada à boa vontade humana, que praticamente não existe. Como diz John Gray, em seu Cachorros de Palha, “ felizmente, os humanos nunca viverão num mundo construído por si mesmo. “

Maranata. Senhor.

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