terça-feira, 7 de julho de 2009

Livre Arbítrio.

Manaus amanheceu muito bonita hoje, talvez pela presença calorosa do sol que se abate sobre a cidade, aquecendo-a. As nuvens brancas e azuis esvoaçam pelo céu formando as mais variadas imagens em todas as direções que você o olha. É uma percepção interessante, pois, remonta e transporta-nos, imediatamente, ao passado, onde quando crianças o olhávamos com o mesmo sentimento criador, imaginando e dando formas como a de cavalos, coelhos, rostos, barcos, ursos, chapéus, etc...
Sai de casa alegre no coração por me permitir tais sentimentos. A jovialidade tomando conta do corpo, apesar de todas as dificuldades que enfrento todos os dias. São problemas que me tomam tempo, criatividade sem mentiras, dinheiro, e, principalmente, o mais importante de tudo, é a facilidade que eles têm de me afastarem do que eu mais prezo na vida que é estar com meus netos e minha família.
Estou radiante assim, porque, neste mes de julho, os meus filhos e netos convergem para minha casa e ficamos todos novamente unidos fisicamente, neste período. O Alexandre e a Natássia vêm de Boa Vista, onde residem, com meus dois netos, o Alexandre Neto e o Enzo, a Maysa vem de Curitiba, onde cursa seu mestrado em Engenharia da Computação e a Gabriela que embora morando em Manaus, reside em sua própria casa, com meu terceiro neto o João Gabriel, todos novamente juntos, morando em um só teto. É uma festa que tem data para terminar, pois, cada um deles, voltarão para suas respectivas casas no final do mês. Como sempre, em toda minha vida o fiz, vivo intensamente esse momento mágico, que me permite eternizar os sentimentos e presenças que acredito são para sempre.
Manaus acordou bem, é claro, que visto sob minha ótica, o que dizer dos alagados, dos desvalidos, dos desamparados, dos à margem da sociedade, dos famintos, que por falta de oportunidade ou por desânimo não ousaram na vida nada além de uma conformação com sistemas generalistas onde o estado tem uma visão direcionada para outras situações que não a gestão de pessoas, do indivíduo, mas, sim de uma outra qual seja o capital, como agora, em nosso estado, onde o capital será para a sustenção de uma implantação de sub sede da copa do mundo de futebol. Isto vai gerar empregos, comida etc... é o argumento dos gestores, mas, a necessidade real da maioria das pessoas não será preenchida, e, com certeza somente alguns poucos terão acesso efetivo a esse montante de dinheiro.
Fiquei perplexo, tempo atrás, quando soube da distribuição de capital, por parte do governo americano, no começo da crise monetário-financeiro que se abateu sobre aquele país, com repercursão em todo mundo, onde houve, para a não falência dos banqueiros e indústrias, a distribuição de trilhões de dólares, enquanto a fome campea pelo mundo afora, e, a morte por inanição é algo desgraçadamente palpável. Perplexo fiquei, mas, ao mesmo tempo imaginando o que seria se os gestores do mundo ou dos governos, pudessem ter uma visão onde o protagonista não fosse o capital, corrupto, radical, tendencioso, aquele que aniquila a vida do homem, da cidade, do país, do mundo, com suas sujeiras, pondo uma consciência individual onde o que conta somente é o apelo da sobrevivência e os outros que morram, pois, não têm nenhum valor. Seria uma nova dimensão de vida, onde o homem seria o principal e não o capital.
Nesses esperançosos pensamentos consigo me alegrar de todo o coração, de ter essa oportunidade de ter minha família, longe dessa luta desigual pela sobrevivência, o que me torna mais feliz, agradecido a Deus, centro de minha vida, meu guardador, meu guia, meu Senhor, e, que está comigo todos os dias de minha vida.
Maranata, Senhor.

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