quinta-feira, 4 de março de 2010

O que restará?

 Tenho notado que as pessoas têm se sensibilizado ante as catástrofes que têm acontecido diariamente no mundo todo, seja através da violência urbana, tão comum em nossos dias, como as naturais, provocadas, querem os cientistas, por nós mesmos. Os tsunamis e terremotos, a fome no mundo, as guerras e seus anúncios dão uma visibilidade do grau de deterioração humana, a falta de amor próprio e principalmente o desleixo, talvez por preguiça histórica, de deixar o mundo melhorado para sua posteridade. O laivo que o homem tem deixado na história é o mesmo, uma ânsia de superar os antepassados em tudo que seja destruidor dele mesmo. Claro que isto tem um reflexo profundo na natureza e na economia capenga, onde o que conta é o enriquecimento de quem já é rico e o empobrecimento de quem já nasceu e continua historicamente pobre. Veja o exemplo das nações. A África apesar das melhorias observadas à custa de gritos e sussurro de seus habitantes continua tão pobre quanto era, pois, é melhor que fique assim, explorada e geradora de riquezas para outros que detêm o poder de decisão sobre questões mundiais que no fundo são os grandes interesses econômicos que nunca aparecem como o principal objetivo. Temos que lembrar a invasão do Iraque e do Afeganistão por parte dos EUA. A revelia da opinião mundial e da própria ONU houve sua invasão e o massacre da população. O pano de fundo era a questão atômica, onde se dizia que o Iraque era portador e feitor da tecnologia atômica. Depois de provado que nada disso acontecia em seu solo, por questões outras (petróleo), a invasão e o conseqüente massacre daquele povo. E por aí vai.
John Gray em seu Cachorros de Palha, afirma que ao homem só resta o fim de tudo, pois, não há salvação, em todos os níveis humanos, para o planeta terra e seus habitantes, como num fatalismo histórico, onde o homem protagoniza irremediavelmente seu próprio algoz. Assim contado não há esperança para a raça humana e nem para a terra.
Como dizia, as pessoas têm se sensibilizado com esta perspectiva onde elas próprias aparecem como papel fundamental, atores e atrizes principais na escrita da História, então, mandam contribuições e alimentos, lençóis e todo tipo de consolo para desabrigados, para os famintos, para os necessitados, mas, continuam, apesar das expressões, a fazer tudo para a destruição global. Moro em Manaus, AM, Brasil e noto que os rios e estradas terrestres continuam sendo alvo de negligência por parte de todos. Garrafas, copos, papel, e, todo tipo de produtos, que vão ter influência na conservação da terra como moradia do homem, são consumidos e jogados ao léu (rios, estradas etc..), num projeto de autodestruição sem fim. Macroscopicamente, vemos e sentimos pena de nós mesmos, mas, de uma maneira apática, como se não tivéssemos fazendo parte do todo, continuamos a fazer o que recriminamos. As conseqüências como fome, terremotos e guerras servem como controladores naturais da explosão demográfica, da sede do homem de continuar sendo o centro da criação.
Firmo, então, minha convicção que a saída para todos nós está, reside em Deus, nosso criador e voltamos sempre para a frase:
- É uma questão de fé.
 A sobrevivência do homem exige uma nova consciência, um novo mundo, onde o corruptível seja banido e o incorruptível seja o banal, e, disso não tenhamos nenhum tipo de vergonha. Como diz, o meu amigo Dr. Rogélio Casado, a luta continua. Lutemos, pois.

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