segunda-feira, 1 de março de 2010

A alegria de perto e de longe.

Estou novamente em Boa Vista. Ela está com pinta de cidade em nítido crescimento. As ruas mais movimentadas já esboçam uma espécie de engarrafamento em algumas de suas “bolas”, principalmente na entrada e saída das escolas e dos trabalhos. O centro não foge às responsabilidades de ser marco inicial da cidade. As ruas apinhadas de gente mostram a ânsia de compra dos citadinos, sinal evidente da dinâmica de compra e venda efetiva. É bom estar de volta e ver que as políticas estão de uma forma ou outra dando certo. É uma cidade jovem, de pessoas bonitas, e, pronta para aceitar seu destino predestinado à grandeza.
Novamente, na Megafarma, meu café predileto daqui, medito acerca dos últimos acontecimentos que acabaram por me trazer até aqui. Natássia, minha nora, tem que estar no sul do país, em uma feira de móveis e de designem, trabalho esse que abastece uma das várias lojas de móveis e acessórios para casas e que após sua intervenção, nessa área de compra, quase que triplicou suas vendas, tornando sua presença física nas compras obrigatória. Fui então convocado para assumir a maternidade dela, posto que, as crianças, meus netos, ainda têm suas puerícias a serem cumpridas, como horário da escola e das aulas particulares, inglês, reforço, etc...e, como meu filho, Alexandre, assumiu um posto interno em seu trabalho, ficou totalmente impedido de realizar tais tarefas. Sobrou para mim, pois, com um mês de antecipação, preparei-me para tal faina. Um dos meus laivos, em minha vida, realmente, é esse gostar de estar com meus netos e então foi fácil me conduzirem até aqui e aqui estou. Acabei de deixar os meninos na escola e fiquei alegre de, mais uma vez, encontrar seu João, o porteiro da escola, aquele da gripe que o deixou mais mole que bosta de pata. Logo vim para a Mega e pedi um cafezinho para matar a saudade.
A vida, infelizmente, tem dissabores. Vim com o coração na mão, como se diz, porque a Maysa, minha filha do meio, vai ter se submeter a uma cirurgia para a retirada da vesícula e eu que sou o acompanhante de todos os pacientes de minha família não vou poder estar lá.
- Maysa, sou eu... Que horas você vai para o hospital?
- As dez, pai, estou nervosa. Era para o senhor está aqui comigo...
- Lembre-se de uma coisa muito importante. Eu não vou estar aí fisicamente, mas, vou estar espiritualmente. Agora mesmo estou orando, pedindo a Deus que o médico tenha a serenidade e disposição para a realização da cirurgia. Deus, nosso Deus desde sempre, nunca nos deixou, nunca nos abandonou e sem alienação alguma digo que Ele, mais uma vez vai estar lá, e, eu também, junto a você, embora, depois da anestesia, você fique totalmente dormindo profundamente, saiba que estou aí com você...
- Está bem, pai, obrigada...
Imagino sua carinha de menina, preocupada, perguntando a si mesma se realmente eu vou estar lá ou se Deus pode realmente se ocupar de uma causa estritamente humana. Fico aqui mandando e emanando fortes ondas de positivismo, energia de que tudo vai dar certo. Como gostaria de estar lá e pegar sua mãozinha e ficar de olho em tudo, sempre com o intuito de ajudar. Por outro lado estaria totalmente impedido de assistir a cirurgia devido a uma forte gripe que me dominou nos últimos dois dias e que tem me machucado muito em termos de, algumas vezes, chegar à exaustão muscular me impossibilitando de trabalhar a contendo. Plantão total, com os músculos doloridos, espírito forte, alma em relação total com Deus, meu Pai, tudo atento para suportar tal momento.
Estou aqui esperando as comunicações de Manaus, aonde a cirurgia vai se realizar, sabendo que toda angústia vai gerar otimismo e resignação.

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