quarta-feira, 3 de março de 2010

35 anos.

No dia 25 de fevereiro, passado, fiz 35 anos de casado com a Dra. Maria do Socorro Alves da Conceição Silva. Casamos em 1975, em casa, com o juiz, um senhor sisudo, que predisse:
- Declaro-os marido e mulher. O que Deus uniu o Homem não separe...
Então, decorreram trinta e cinco anos. O tempo é volátil demais. É comparado com as águas de um rio as quais não param de escoar-se, isto é, não param de correr, por isso, uma pessoa não se banha duas vezes no mesmo rio. Não se banha porque as águas não param, estão sempre se renovando. Olhando e sentindo a passagem rápida, célere do tempo em nossas vidas penso que talvez tenhamos atingido nossos objetivos reais nesta vida. Tivemos três filhos: o Alexandre Filho, a Maysa e a Gabriela. Três épocas diferentes, porém, intensas, onde no engatinhar da vida a dois aprendemos todos os truques de sobrevivência do relacionamento. Infeliz é o homem que não consegue ler sua própria história e em lendo-a não é capaz de relatá-la. Claro, sempre com mais erros que acertos, mas, sempre acertando no final, capacidade tal que renova o prazer de estar-se juntos.
Era um sábado pela parte da tarde e lá estava a Socorro, com sua enorme barriga, entrando no hospital para trazer à vida o nosso primeiro filho. Socorro, que traz no nome toda a experiência de vida do povo europeu e também árabe, consubstanciado em seu sobrenome: Alves da Conceição, claramente de origem portuguesa e já retirado o Feitoza para entrada do Silva, de minha parte, a esculhambar-lhe o nome tão nobre, carregara com sua nobreza peculiar, em seu ventre, nosso primogênito.
Um ano e pouco depois outro ser querido, a Maysa chegou e depois de dois outros anos a Gabriela. Como o tempo passa célere. Momentos alegres e momentos de tristeza, como quando, em anos separados, perdemos nossas mães no mesmo mês de nosso casamento, fevereiro. Ainda bem que o tempo, grande mestre, nos legou uma sublimação no amor e na vontade de servir às outras pessoas.
Sem esperarmos, aconteceram os casamentos, primeiro do Alexandre depois da Gabriela, a mais nova, a Maysa casará, assim se prepara, no final deste ano, e, com eles os netos. Na ordem: Alexandre Neto, Enzo, João Gabriel, e, por enquanto, o Guilherme. Quatro no total, quatro que exigem total dedicação e carinho, tal e qual os filhos exigiram cada um no seu próprio tempo.
Trinta e cinco anos onde o protagonista, aprendi isso, é sempre a mulher, pois, é ela que continua em sua árdua missão de em sendo mãe cuidar da casa, do marido, dos filhos, dos netos e ainda achar tempo para se dedicar a maravilhosa profissão, seja qual for, ela tenha, em nosso caso, a Socorro é médica, pediatra, gestora pública, e, trabalha com afinco em todas essas áreas, sem demonstrar cansaço ou falta de vontade de servir à coletividade que tanto necessita de sua dedicação.
Agradeço a Deus a esposa e mulher que Deus me deu. Acho que sem ela minha vida seria muito vazia, sem causa, pois com ela aprendi a sobreviver neste emaranhado de vidas que se cruzam e necessitam para dar continuidade à vida, nosso bem maior. Por isso, neste aniversário de trinta e cinco anos, bodas de tudo que é bom e de valor na vida, pois, não sei se amanhã vou estar vivo, então cultuo o hoje como sendo o mais longe que conseguimos ir, juntos, nesta maravilhosa estrada que construímos, a nossa vida, dedico, então, todos os parabéns a essa pessoa esplendorosa que minha esposa:
Dra. Maria do Socorro Alves da Conceição Silva(para esculhambar o nome tão nobre).

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