segunda-feira, 15 de março de 2010

Maranata, Senhor.

Sou como São Pedro que viu os céus caírem e se enrolarem como um pergaminho, então, creio, não há salvação para o mundo, porquanto, já definimos o destino da terra e seus arredores e assim fazemos, agindo propositadamente rumo à destruição total de tudo que é material, o qual poderia ser para sempre, isto é, ser ou existir mais um pouco, pois, tudo tem um fim, e, portanto, com a terra e todas as galáxias não seria diferente.
O homem tem realizado suas fantasias mais excêntricas e pobres. Desde as queimadas na Amazônia até as mortes desenfreadas de próprios seres humanos em guerras despropositadas, arruinando possessões, desvirtuando tudo que poderia ser de mais cômodo para a existência, a transmissão proposital de fome, dominações sem retorno de nada, senhorios sem reinos ou sonhos reais, domínios sem a devida autoridade do dono, mortes sem sentido, sonhos destruídos, desmotivação intencional e agravo da falta de personalidade e vontade de viver de um grande número de pessoas em todo o mundo, tudo isso corroborando para um desalentado, obnubilado e velado resultado: o fim de tudo e dos tempos, está perto e é agora, pois, a cada segundo contribuímos, nós todos, para o nosso próprio triste fim.
Não há esperança, diz São Pedro. Creio assim também. A violência, tanto oficial quanto a paralela, aquela que sentimos a toda hora, mas, que, não nos atinge nunca, pois, o vizinho é que cai com uma bala perdida, um assalto mal conduzido e com fim trágico, um trânsito desordenado e que parece nunca vai se ordenar, o aumento do ódio individual contra os próprios seres humanos, e, também contra a fauna e flora do planeta, a pesquisa maldosa de elementos vitais e que seriam de bom tamanho para a conservação do equilíbrio ecológico, o desmatamento da floresta e o respectivo aumento da temperatura terrestre, o descongelamento dos pólos, maior intensidade dos raios ultravioletas e infravermelhos, doenças sem curas provenientes de laboratórios de pesquisa e que usam o próprio ser humano como cobaia, as mudanças nos climas dos países, sim, não há esperança para a matéria.
Há uma espécie de humanismo barato, proveniente de um cristianismo cínico e não inteligente, onde o homem é considerado o centro da criação, e, portanto, dono da terra e do universo, assim, podendo dispor de todos os recursos para seu uso e prazer, não importando se estas ações vão desenvolver momentos irreversíveis para a manutenção da vida na terra e quiçá no universo.
Não há esperança, pois, historicamente o homem cumpre seu papel de com sua grande inteligência destruir tudo que está ao alcance de seu ilimitado poder de dizer não quando poderia dizer sim e dizer sim quando poderia dizer não, para o conforto individual de países, e, mesmo de indivíduos sem nenhum escrúpulos. Não, não há remissão para esse pecado, o fim é uma questão de tempo e como este não pára e é veloz podemos dizer que ele está perto, nosso fim está perto. 

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