segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Feliz Natal.

Mais um Natal. São aproximadamente 2016 natais reais até o dia de hoje, é que Jesus Cristo nasceu mais ou menos seis anos antes do ano zero. O maior fenômeno já ocorrido na face da terra, não que em nossa contemporâneidade não haja inteligências que possam se destacar na História, mas, não há como comparar em toda História, alguma à maestria de Jesus, o Homem que mudou o registro do tempo em antes e depois d'Ele.
Independentemente de saber exatamente o dia de aniversário de Jesus, lembro com saudades das tertúlias natalinas em nossa casa, nos idos dezembros, nas quais o mais importante era a idéia, não lógica, de que tempos atrás nascera, em uma manjedoura, Belém da Judéia, um menino que cumpria as profecias antigas:
"E o povo que andava em trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na terra de profunda escuridão resplandeceu a luz. ... Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno e Príncipe da Paz ..."
"Pois foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma terra seca; não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. Era desprezado, e rejeitado dos homens; homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca. Pela opressão e pelo juízo foi arrebatado; e quem dentre os da sua geração considerou que ele fora cortado da terra dos viventes, ferido por causa da transgressão do meu povo? E deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte, embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houvesse engano na sua boca."
As profecias de Isaías foram escritas aproximadamente oito séculos antes do nascimento de Jesus, e, claro, isto muito me influenciou, mas, a história do Natal com a anunciação à virgem Maria, os pastores no campo, a ida do casal para Belém, a manjedoura, os reis magos, a estrela indicando o caminho correto para os reis até o local de nascimento de Jesus, os presentes, depois, em minha época o teatro de Natal em minha Igreja, a representação, o coral, a reunião familiar pós culto, a ceia com os quitutes de minha mãe, o sabor do guaraná gelado, a maionese, o perú, os bolos, e, finalmente a hora de dormir para no outro dia, ansiosamente procurar nos arredores da árvore de Natal ou embaixo da cama os presentes, pois, apesar de meu pai não ter posses, nunca faltou uma lembrança querida no amanhecer do dia vinte e cinco.
Jesus nasceu e reina. O coração ainda acelera quando imagino a cena do nascimento de tão grande monta. Emociono-me com a idéia de que, apesar de toda perseguição, de todo desamor, de toda violência, de toda falta de boa vontade, de toda intolerância, de todo racismo, de tanta guerra e morte, um renovo ainda existe e que clama em altos brados:
- Vem façamos o bem, amemo-nos, compreendamo-nos mutuamente, pois, na cidade de Belém da Judéia nos nasceu o Cristo, o Senhor. Cuidemos para que o Natal seja símbolo diário desse enorme pacto Deus-Homem.
Paz na terra aos homens de boa vontade.
Feliz Natal a todos nós.
Maranata, Senhor.

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